Entenda o que é insuficiência venosa crônica, doença com a qual Donald Trump foi diagnosticado
Quadro afeta o sistema venoso das pernas e compromete o retorno do sangue ao coração. Saiba quais são os sintomas e tratamentos
Donald Trump foi diagnosticado com insuficiência venosa crônica, uma condição que afeta o retorno do sangue ao coração, causando sintomas como inchaço e dor nas pernas, mas que possui tratamento e medidas preventivas.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi diagnosticado com uma insuficiência venosa crônica. A informação foi divulgada na tarde desta quinta-feira, 17, por um porta-voz da Casa Branca. Ao Terra, o cirurgião vascular e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular Caio Focassio afirma que a doença é progressiva, comum e muitas vezes negligenciada.
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Insuficiência venosa crônica é uma condição que afeta o sistema venoso das pernas e compromete o retorno do sangue ao coração. O acúmulo de sangue nas pernas causa pressão, dilatação das veias e inflamação local. “É como um engarrafamento no sistema venoso. Com o tempo, esse acúmulo gera sintomas que afetam a mobilidade, o bem-estar e até a saúde cardiovascular do paciente”, explica o especialista.
Os principais sintomas são:
- Inchaço nas pernas e nos tornozelos, principalmente ao final do dia;
- Sensação de peso, dores ou queimação nas pernas;
- Veias aparentes e varizes;
- Coceira ou escurecimento da pele (hiperpigmentação);
- Em casos graves, feridas de difícil cicatrização (úlceras venosas);
Há tratamento para a condição?
De acordo com o médico, sim, no entanto, depende do estágio da doença. “Casos mais graves podem exigir repouso, por exemplo, ou até cirurgia para tratamento”, destaca.
“Em fases iniciais, indicamos medidas conservadoras, como o uso de meias de compressão, elevação das pernas e prática regular de atividades físicas, especialmente caminhadas. Também orientamos mudanças no estilo de vida, como o controle de peso e evitar longos períodos em pé ou sentado. Em casos mais avançados, podemos lançar mão de tratamentos clínicos com medicamentos venotônicos que ajudam na circulação e também de intervenções cirúrgicas ou minimamente invasivas, como escleroterapia, laser endovenoso e cirurgia convencional para retirada de veias doentes”, explica o especialista.
Os resultados são graduais e perceptíveis com a adesão ao uso das meias e à mudança de hábitos. “Em todos os casos, o acompanhamento vascular contínuo é essencial para controlar a progressão da doença”, reforça.
Há alguma forma de prevenir o quadro?
Evitar o ganho de peso, praticar atividade física regularmente e manter a atenção em casos de antecedentes familiares. “Para homens como Trump, que têm uma rotina intensa, histórico de viagens longas e idade avançada, os riscos são maiores ainda. A inatividade física, o ganho de peso e o histórico familiar também são fatores agravantes”, diz Focassio.