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Entenda como diferenciar covid-19, gripe e sinusite

"As temperaturas frias e o tempo seco colaboram para as secreções naturalmente", diz infectologista

19 ago 2021 - 12h11
(atualizado às 12h36)
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Como diferenciar covid-19, gripe e sinusite? Entenda os sintomas
Como diferenciar covid-19, gripe e sinusite? Entenda os sintomas
Foto: Shutterstock / Saúde em Dia

Com as temperaturas mais baixas, facilitam a transmissão dos vírus respiratórios, uma vez que as pessoas tendem a ficar mais tempo confinadas em ambientes fechados, e isso faz com que diminua a circulação natural de ar e facilite a dispersão destes agentes infecciosos. Alguns sintomas, como tosse, febre, coriza e mal-estar acabam se manifestando. 

Segundo o Dr. Ricardo Paul Koso, infectologista, outro fator relacionado ao próprio frio é que as temperaturas frias e o tempo seco colabora para as secreções naturalmente produzidas pelo nariz e vias aéreas. É necessário ficar atento aos sintomas, pois podem se confundir com a covid-19. 

Quais as diferenças dos sintomas da covid-19, gripe e sinusite? 

Como os sintomas são muito semelhantes, ou seja, todos podem manifestar tosse, coriza e, às vezes, até febre, entre outras ocorrências respiratórias, clinicamente é muito difícil fazer a diferenciação entre uma simples rinossinusite alérgica exacerbada e um quadro de gripe pelo vírus influenza ou até mesmo da covid-19.

Alguns deles são considerados típicos, pois auxiliam na diferenciação, como no caso da rinite alérgica, que é subitamente descompensada pela exposição a algum fator que o paciente sabidamente já seja alérgico, mas isso não garante completamente o diagnóstico.

Por se tratar de uma época de pandemia, todo e qualquer sintoma respiratório dito "novo" deve ser investigado para confirmar ou negar o diagnóstico da covid-19, já que esse é o vírus com maior circulação no momento e tem grande impacto coletivo. Sendo assim, o teste ajuda tanto no diagnóstico e tratamento do paciente, como também na orientação de isolamento dele e de seus contatos.

Como a gripe é contraída e como é possível cuidar?

De acordo com o Dr. Ricardo, a  gripe, ou "síndrome gripal", é o conjunto de sinais e sintomas típicos de uma infecção das vias aéreas superiores, com tosse, coriza, dor de garganta, obstrução nasal, podendo haver febre, e que se inicia em poucas horas ou dias, durando em média 5 a 7 dias. Na maioria dos casos é causada por vírus de transmissão respiratória, por meio da fala, tosse, espirros, secreção nasal e contato direto entre as mãos contaminadas, nariz, boca ou olhos, assim como o Sars-Cov-2.

Na síndrome gripal, o tratamento normalmente é feito com medicações sintomáticas como antigripais, analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios. Uma medida importante também é garantir a vacinação anual contra Influenza, que é o vírus causador da gripe e que pode levar a quadros mais graves em pacientes dos grupos de risco ou com doenças crônicas.

Lembrando que a síndrome gripal também pode ser causada por outros vírus respiratórios, de forma que não necessariamente quem está vacinado não possa pegar uma "gripe mais leve". Por isso, as demais medidas de controle e prevenção devem ser sempre seguidas.

E uma crise de sinusite? Qual o melhor tratamento?

A sinusite é um termo que especificamente fala da inflamação dos seios paranasais, que estão em íntima relação com a cavidade nasal e, por isso, pode ser chamada de "rinossinusite", pois os sinais e sintomas da sinusite e da rinite se sobrepõem.

As crises de sinusite podem ocorrer em pessoas que já apresentam rinite alérgica prévia e que são expostos a algum desencadeante específico, como pó, pólen, cheiros fortes ou outros, mas também pode ser desencadeada por um resfriado comum ou síndrome gripal.

Em casos de sinusite, o mais importante é manter-se bem hidratado, realizar a limpeza do nariz com soro fisiológico e tratar a causa do quadro. No caso de rinites alérgicas, é recomendado evitar exposição aos fatores desencadeantes e tratar com medicações adequadas, como antialérgicos ou corticoide nasal, tanto a crise aguda quanto o controle da doença a longo prazo. No entanto, conforme a evolução e a gravidade dos sintomas, pode ser necessário o tratamento com antibióticos, mas para isso é preciso passar por avaliação médica.

Saúde em Dia
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