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Enjoo: causas, quais remédios tomar e quando procurar ajuda

Ao Terra, especialistas esclarecem dúvidas sobre problema e quando não é apenas um mal-estar

6 jul 2025 - 04h59
(atualizado em 6/8/2025 às 11h31)
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Resumo
O enjoo pode ter diversas causas, desde problemas gastrointestinais e hormonais até fatores psicológicos; especialistas recomendam tratamento adequado, evitando automedicação, e alerta é dado para buscar ajuda médica caso os sintomas persistam ou se agravem.
Enjoo: causas, quais remédios tomar e quando procurar ajuda
Enjoo: causas, quais remédios tomar e quando procurar ajuda
Foto: Reprodução/Pexels

Sentir enjoo, também conhecido como náusea, é algo bastante incômodo, não é mesmo? Normalmente associado à intoxicação alimentar, a doenças virais e à gravidez, esse mal-estar pode ter diversas causas e também ser sintoma de algo mais sério, conforme explicam especialistas ao Terra. Por esse motivo, é necessário ficar atento aos sinais.

“Enjoo ou náusea é a sensação desagradável de vontade de vomitar, decorrente de estímulos aferentes aumentados na área do centro do vômito”, explica a gerente médica de análises clínicas e endocrinologista do Delboni, Cristina Khawalli.

As principais causas de enjoo são:

  • Causas gastrointestinais: gastrite, úlceras pépticas, refluxo gastroesofágico, gastroenterite, obstrução intestinal, síndrome do intestino irritável e intoxicação alimentar.
  • Medicamentos: quimioterapia, antibióticos, analgésicos opioides, anti-inflamatórios, alguns antidepressivos e medicamentos para pressão arterial podem causar náusea como efeito colateral.
  • Distúrbios do sistema nervoso central: enxaquecas, labirintite, vertigem, traumatismo craniano, tumores cerebrais e aumento da pressão intracraniana.
  • Condições hormonais: gravidez (enjoo matinal), diabetes descompensado, distúrbios da tireoide e síndrome pré-menstrual.
  • Causas psicológicas: ansiedade, estresse, depressão e transtorno do pânico podem provocar sintomas físicos, incluindo náusea.
  • Outras causas: cinetose (enjoo de movimento), infecções virais ou bacterianas, problemas renais ou hepáticos, alguns alimentos ou odores específicos e consumo excessivo de álcool.

Para crianças, a sensação varia de acordo com a faixa etária, mas costuma estar relacionada ao enjoo do movimento. Já em idosos, além das causas já citadas, o enjoo também pode estar associado a distúrbios neurológicos, desidratação e alterações metabólicas, afirma a especialista.

Como tratar e quais remédios procurar?

Segundo os especialistas, o tratamento pode ser realizado de duas formas: “Não medicamentoso inclui a hidratação, bebendo pequenas quantidades de líquido com maior frequência, fazer uma alimentação mais leve, evitar cheiros fortes, procurar um ambiente fresco e ventilado, fazer repouso e utilizar alguns alimentos como limão e gengibre que são conhecidos por terem propriedades em reduzir o enjoo”, orienta Khawalli. 

A prática de exercícios de respiração profunda também é indicada como auxílio no controle do enjoo associado à ansiedade.

Caso esses métodos não apresentem eficácia, pode-se recorrer ao uso de medicamentos, conhecidos como antieméticos. No entanto, é unânime a recomendação de evitar a automedicação. “Medicamentos para enjoo devem ser utilizados sob orientação médica, especialmente em crianças e idosos, devido ao risco de efeitos colaterais”, reforça a médica.

“Medicamentos como ondansetrona, metoclopramida e dimenidrinato são comumente utilizados, mas devem ser prescritos com cautela. O foco deve ser sempre tratar a causa do sintoma, e não apenas 'mascarar' o enjoo”, explica o cirurgião digestivo dos hospitais Sírio-Libanês e Nove de Julho, Rodrigo Barbosa.

E para gestantes?

Segundo a ginecologista dos laboratórios da Dasa, Marcia Felician, as mesmas orientações se aplicam às gestantes. “As causas do enjoo na gestação ainda não estão completamente estabelecidas, mas estudos observacionais relacionam altos níveis de BHCG (gonadotrofina coriônica humana) e maior peso da placenta como fatores que poderiam aumentar a frequência de náuseas e vômitos. Os enjoos podem começar por volta da 4ª semana e atingir o pico na 9ª semana de gestação. A maioria dos casos apresenta evolução satisfatória até a 20ª semana”, explica.

“Embora seja um quadro comum na gestação, náuseas e vômitos persistentes exigem diagnóstico diferencial com condições como enxaquecas, gastroenterites, úlceras, apendicite e outras doenças mais raras, cujo diagnóstico deve ser individualizado”, pontua Felician.

A indicação de tratamento farmacológico durante a gestação inclui vitamina B6, metoclopramida e ondansetrona, que são considerados seguros para uso nesse período.

Quando é necessário procurar orientação médica?

“Se o enjoo durar mais de 48 horas ou vier acompanhado de sinais de alerta como febre, dor intensa, vômitos frequentes, presença de sangue ou perda de peso, é essencial buscar orientação médica. Atrasos no diagnóstico podem ocultar condições graves, como obstruções intestinais ou distúrbios neurológicos”, alerta Rodrigo Barbosa.

Fonte: Redação Terra
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