Dieta saudável e menor risco de esclerose múltipla
Comer uma dieta saudável que é rica em vegetais, peixe, legumes, ovos e aves está ligada a um menor risco de esclerose múltipla, uma doença em longo prazo que afeta o cérebro, a medula espinhal e o nervo óptico nos olhos. Esta foi a conclusão a que pesquisadores da Austrália vieram depois de estudar as ligações entre dieta e desmielinização do sistema nervoso central (SNC), que é frequentemente o primeiro estágio da esclerose múltipla (EM). A condição ocorre quando há perda ou dano do isolamento gordo em torno das fibras nervosas que transportam sinais de e para as células cerebrais. A EM é uma doença de longo prazo e imprevisível. Seus sintomas podem persistir e piorar gradualmente, ou podem ir e vir. Muitos pesquisadores acreditam que, na EM, o sistema imunológico ataca a mielina saudável no cérebro, na medula espinhal e no nervo óptico como se fosse uma ameaça. Eventualmente, o dano também afeta as fibras e células e interrompe os sinais dos sentidos e controla o movimento.
Os sintomas variam muito, dependendo da localização e gravidade do dano da mielina. Eles incluem, mas não estão limitados a: problemas de visão, perda de coordenação e equilíbrio, dificuldades de fala, dormência, tremores, problemas de memória e concentração, fadiga aguda e paralisia. Embora a esclerose múltipla possa se desenvolver em qualquer idade, a maioria dos casos é diagnosticada em pessoas com idade entre 20 e 50 anos. As mulheres são três vezes mais propensas a desenvolver EM como homens. Ao analisar os principais componentes alimentares, os pesquisadores identificaram dois principais padrões alimentares. Um "padrão alimentar" era uma dieta saudável que era rica em peixe, ovos, carnes de aves, legumes e verduras. A outra era uma dieta "estilo ocidental" que era rica em laticínios integrais e carnes vermelhas e pobre em oleaginosas, frutas frescas, cereais integrais e laticínios com baixo teor de gordura.
Os pesquisadores observam que as duas dietas representaram 9,3 e 7,5% da variabilidade nos padrões alimentares, respectivamente. Os resultados mostraram que um maior consumo de alimentos saudáveis ??estava associado a um menor risco de um primeiro diagnóstico de desmielinização do SNC. Em comparação com os indivíduos que consumiram menos, a redução do risco nas pessoas que consumiram a maior quantidade de alimentos saudáveis ??foi de cerca de 50%.
Referência
Black, L. J. ET al. A healthy dietary pattern associates with a lower risk of a first clinical diagnosis of central nervous system demyelination. Multiple Sclerosis Journal, August, 2018.
