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Coração de adolescente parou durante 10 minutos: como é possível sobreviver?

Enzo Henrique Barbosa de Souza, de 16 anos, passou por susto em maio e sobreviveu sem sequelas

31 jul 2025 - 04h59
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Adolescente foi diagnosticado com doença cardiovascular silenciosa e precisou de implante
Adolescente foi diagnosticado com doença cardiovascular silenciosa e precisou de implante
Foto: Reprodução/Instagram

Um ser humano consegue sobreviver 10 minutos sem batimentos cardíacos? É possível renascer após uma situação como essa sem apresentar sequelas? Em Paranavaí, município do Paraná, essa história aconteceu de verdade, e foi protagonizada pelo jovem Enzo Henrique Barbosa de Souza, de apenas 16 anos.

Em 7 de maio, Enzo estava acompanhado dos amigos e familiares em uma arena de esporte quando sofreu um mal súbito. De repente, a cabeça pendeu para trás e ele perdeu a consciência. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) chegou ao local em 4 minutos, quando socorristas iniciaram os procedimentos necessários. Foram cerca de 10 minutos até que o coração do garoto voltasse a bater. 

O atendimento é uma corrida contra o relógio, como explica Renato Max, cirurgião cardiologista e médico do esporte: “Tempo é cérebro quando falamos de parada cardíaca. Em cerca de 4 ou 5 minutos sem circulação do sangue, o cérebro já começa a sofrer lesões graves por falta de oxigênio. Se a parada dura em torno de 10 minutos sem atendimento adequado, o risco de sequelas neurológicas permanentes ou até de morte é muito alto.”

Enzo passou 13 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e teve o diagnóstico: miocardiopatia hipertrófica, uma doença que causa o espessamento do músculo cardíaco, dificultando a passagem do sangue. 

Entre os possíveis sintomas da miocardiopatia estão palpitações, cansaço em esforços mais vigorosos, episódios de desmaio e dor no peito. Pessoas que têm histórico familiar da doença ou de morte súbita em jovens devem se manter atentas à saúde cardiovascular e buscar atendimento com um profissional cardiologista para avaliação inicial.

Segundo o cirurgião cardiologista, essa é a principal causa de morte entre jovens com menos de 35 anos, o que exige investigação completa do caso. Após o milagre, Enzo passou por um procedimento para o implante de um Cardiodesfibrilador Implantável (CDI), um tipo de marca-passo que emite choques para que o coração volte a bater em ritmo normal após uma parada cardíaca

Socorro rápido e preparação são essenciais para a sobrevivência 

A agilidade e a habilidade dos socorristas foram fundamentais para o sucesso do atendimento de Enzo. A Associação Americana do Coração (AHA) estima que as chances de sobrevivência diminuem em até 10% a cada minuto que se passa sem o procedimento de massagem cardíaca e reanimação.

Por isso, Max defende que, em situações como essas, é importante estar preparado, mesmo não sendo profissional da saúde: “O treinamento de pessoas, mesmo leigas, em suporte básico de vida, pode ajudar nesses casos. Além disso, a disponibilidade do desfibrilador externo automático em locais públicos, como em diversos países, pode ajudar a reduzir as complicações de eventos como esse e salvar muitas vidas”.

Fonte: Redação Terra
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