Colesterol ganha categoria para 'risco extremo' em nova diretriz; entenda
Documento com orientações foi divulgado nesta quarta-feira, 24, pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)
A Sociedade Brasileira de Cardiologia atualizou suas diretrizes, criando a categoria "risco extremo" com meta de LDL abaixo de 40 mg/dL e recomendando terapias combinadas para pacientes com alto risco cardiovascular.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) anunciou nesta quarta-feira, 24, uma série de orientações que atualizam a Diretriz de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Entre as principais mudanças está o endurecimento das metas de LDL, conhecido como “colesterol ruim”.
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Pela primeira vez, há uma categoria correspondente para risco extremo, cuja meta é <40 mg/dL. De acordo com o documento, assinado por mais de 20 especialistas, ela é voltada para pacientes que já tiveram múltiplos eventos cardiovasculares.
Novas metas de LDL:
- Baixo: <115 mg/dL
- Intermediário: <100 mg/dL
- Alto: <70 mg/dL
- Muito alto: <50 mg/dL
- Extremo: <40 mg/dL (categoria inexistente na diretriz anterior)
Vale ressaltar que essas orientações são válidas para atendimentos médicos realizados por um especialista.
Segundo a SBC, a nova diretriz atualiza e expande os conceitos da versão de 2017, mantendo o foco na estratificação de risco. “Diretrizes atuais e bem desenhadas, como esta, constituem ferramenta fundamental para atingir o objetivo de reduzir o impacto das doenças cardiovasculares (DCV) e, neste caso em particular, da doença aterosclerótica (DCVA)”, diz o documento.
“O enfoque está centrado no contínuo de risco cardiovascular, iniciando pela identificação precoce e precisa de fatores agravantes — como histórico familiar de doença cardiovascular precoce e obesidade, entre outros — e avançando para a estratificação progressiva até os níveis de risco muito alto e risco extremo, nos quais a abordagem terapêutica deve ser mais intensiva”, pontua.
Outra mudança é a recomendação da terapia combinada como linha de tratamento para esses grupos, com o uso de estatinas associadas à ezetimiba, terapias anti-PCSK9 e ácido bempedoico, especialmente em casos de intolerância às estatinas ou necessidade de redução adicional do risco cardiovascular (CV). Além do manejo estruturado da intolerância às estatinas.