Anvisa proíbe uso de fenol em procedimentos de saúde e estéticos 22 dias após morte de jovem
A Agência informou que espera estudos que comprovem a segurança de uso do produto; homem morreu após ter produto aplicado por influenciadora
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta terça-feira, 25, uma resolução que proíbe a importação, fabricação, manipulação, comercialização, propaganda e uso de produtos à base de fenol em procedimentos de saúde em geral ou estéticos.
De acordo com a Agência, a medida cautelar tem o objetivo de zelar pela saúde e integridade física da população brasileira. O fenol é uma substância química cáustica, utilizada por dermatologistas em peelings químicos profundos para tratar rugas, manchas na pele e cicatrizes.
“Até a presente data, não foram apresentados à Agência estudos que comprovem a eficácia e segurança do produto fenol para uso em tais procedimentos”, diz a nota.
A determinação ficará vigente enquanto são conduzidas as investigações sobre os potenciais danos associados ao uso da substância química, que vem sendo utilizada em diversos procedimentos estéticos.
Morte de jovem
No início deste mês de junho, um homem de 27 anos morreu depois de fazer um procedimento estético com a técnica chamada "peeling de fenol" no rosto em uma clínica da zona sul de São Paulo. O estúdio pertence à influencer Natalia Becker, responsável por aplicar o produto no rapaz.
Na ocasião, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) emitiu uma nota técnica alertando sobre o tratamento e disse que o peeling de fenol “é um procedimento estético que demanda extrema cautela, considerando sua natureza invasiva e agressiva, indicado apenas para tratar casos de envelhecimento facial severo”.