Script = https://s1.trrsf.com/update-1744920311/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Alternativa ao preenchedor de ácido hialurônico está no seu corpo

12 abr 2025 - 06h09
Compartilhar
Exibir comentários
Resumo
A lipoenxertia é uma técnica que usa gordura autóloga para remodelar rosto e corpo, oferecendo resultados naturais e duradouros, com benefícios regenerativos por suas células-tronco presentes.
Foto: Freepik

Na medida em que muitas pessoas buscam a reversão de preenchimentos de ácido hialurônico, após um boom de resultados esteticamente exagerados e artificiais, uma ‘substância’ surge como alternativa natural: a gordura. 

“Chamamos de lipoenxertia a técnica que envolve a injeção de gordura autóloga (do próprio paciente) para remodelar o corpo e o rosto. Primeiramente, é feita uma lipoaspiração para retirada desse material que é tratado e, depois, aplicado”, explica Carlos Manfrim, cirurgião plástico membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). 

“O procedimento também é chamado de ‘transferência de gordura’, justamente porque retiramos de uma área em que o paciente não quer (por exemplo flancos e interno de coxa) e aplicamos onde ele deseja mais volume, seja no rosto, nos seios, no glúteo ou em outras áreas do corpo”, completa a cirurgiã plástica Heloise Manfrim, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). 

Além disso, o procedimento não tem risco de rejeição e, segundo os médicos, oferece preenchimento natural e duradouro.

De acordo com Carlos Manfrim, no rosto, a gordura pode ser aplicada, por exemplo, nas bochechas para enfrentar o aspecto cansado da face com o envelhecimento ou após emagrecer demais. 

“Em nossa face, possuímos coxins gordurosos que perdemos com o envelhecimento. Eles funcionam como um arcabouço, dando estrutura, volume e sustentação para o rosto. Então é perfeitamente compreensível que pessoas que perderam essa estrutura, por idade ou por um emagrecimento rápido (lembrando que perdemos gordura no corpo todo, inclusive no rosto), queiram buscar métodos de repor o volume perdido, a fim de tratar o aspecto envelhecido. Nesse contexto, a lipoenxertia ressurge com grandes resultados para realçar a beleza do paciente”, acrescenta o médico. 

“É importante destacar, no entanto, que a gordura funcionará como gordura, então é indicado que o paciente faça após perder peso e não durante o processo de emagrecimento, para que não haja oxidação da gordura no local onde lipoenxertado”, diz o cirurgião.

Apesar de ser um injetável, a lipoenxertia exige uma lipoaspiração, portanto é um tratamento cirúrgico, e deve ser feita por um cirurgião com certificação. “Através de pequenas cânulas, injeta-se a gordura no local desejado, em um procedimento que é feito, quando necessário, sob anestesia local, sendo assim livre de dor ou desconforto. Mesmo sabendo que cerca de 30% do material enxertado pode ser absorvido pelo organismo, a quantidade restante é repleta de células-tronco capazes de melhorar a qualidade e o aspecto da pele”, afirma a cirurgiã plástica Heloise. 

“No geral, os enxertos de gordura facial tendem a ter uma taxa de aceitação mais alta do que as transferências feitas no corpo. No rosto, a gordura é considerada um preenchimento orgânico. Podemos adicionar gordura em áreas de depressão, como a área temporal, bochechas, sulcos nasolabiais, linhas de marionete e, às vezes, no próprio lábio”, diz o médico.

No corpo, a lipoenxertia pode ser feita nas mamas, nos glúteos, nas mãos, nas coxas e mais recentemente até no músculo para proporcionar hipertrofia muscular. “Não há benefícios apenas quando aplicamos no rosto. Embora possamos não querer gordura corporal extra em torno de nossas cinturas, para remodelar seios e bumbum, um pouco de gordura pode ajudar. A técnica de lipoaspiração UGraft, por exemplo, melhora a definição do abdômen com uma transferência de gordura guiada por ultrassom em um procedimento feito em conjunto com a lipoaspiração. Em suma, é um procedimento para retirada de gordura localizada de um local e a sua transferência para o tecido muscular. Com isso, há uma hipertrofia (aumento) natural desse músculo, redesenhando o abdômen para um porte mais atlético”, explica Carlos Manfrim.

Segundo Heloise, no geral o procedimento é feito em uma única sessão, mas por características individuais, alguns pacientes podem se beneficiar de uma segunda sessão. “Após um período de seis meses, é possível ver a ‘fixação permanente’ da gordura. Depois desse período, as células de gordura que permanecem devem continuar a longo prazo”, diz a médica. “Independentemente da reabsorção, estamos falando de um procedimento que é muito mais do que um preenchimento, é um tratamento regenerativo. Além de 'adipócitos', ou células de gordura maduras, a gordura também contém outros elementos importantes, como células-tronco, células precursoras ou progenitoras que eventualmente crescem e se tornam células de gordura totalmente formadas, fibroblastos, vasos sanguíneos microscópicos, e as próprias fibras - todas as quais parecem desempenhar seus próprios papéis nesse processo regenerativo e rejuvenescedor”, conta a médica. 

“Embora a transferência de gordura passe por um processo de reabsorção, normalmente a parte restante da transferência de gordura pode durar para sempre. Mas sempre procure um médico para realização do procedimento”, finaliza Carlos Manfrim.

(*) Homework inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

Homework Homework
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade