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Aids e HIV: veja o que diferencia cada condição 

O tratamento adequado é essencial para preservar a saúde do sistema imune ao longo do tempo

12 dez 2025 - 18h00
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Aids e HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) ainda geram confusão mesmo em um cenário de avanços científicos e acesso ampliado à informação. Dados do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) indicam que 40,8 milhões de pessoas vivem com HIV em todo o mundo, o que torna o tema uma questão central de saúde pública.

Embora relacionadas, as duas condições não correspondem ao mesmo quadro clínico nem ao mesmo estágio de saúde
Embora relacionadas, as duas condições não correspondem ao mesmo quadro clínico nem ao mesmo estágio de saúde
Foto: Hafiez Razali | Shutterstock / Portal EdiCase

A Aids e o HIV não representam a mesma situação clínica, embora frequentemente sejam tratados como sinônimos. Ser soropositivo (ter HIV) não implica, necessariamente, o desenvolvimento da síndrome Aids. Por isso, abaixo, a infectologista Simone Sena Fernandes, do dr.consulta, explica as diferenças entre as condições e a importância do diagnóstico e do tratamento. Confira!

HIV é o vírus; Aids, a síndrome

O HIV, vírus da imunodeficiência humana, é transmitido principalmente por relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de seringas ou instrumentos cortantes contaminados, transfusão de sangue infectado e, em alguns casos, de mãe para filho durante a gestação, o parto ou a amamentação. Uma vez no organismo, o vírus invade e destrói células de defesa de forma progressiva.

Na fase inicial da infecção, muitos indivíduos não apresentam sintomas ou percebem apenas sinais inespecíficos, como mal-estar passageiro. Assim, é possível viver anos sem saber da presença do vírus. A Aids, por sua vez, surge quando o sistema imunológico já foi amplamente comprometido pela ação contínua do HIV, deixando o organismo vulnerável a outras doenças e até a determinados tipos de câncer.

Os antirretrovirais atuam impedindo a replicação do HIV, protegendo as células de defesa e reduzindo o risco de progressão para a Aids
Os antirretrovirais atuam impedindo a replicação do HIV, protegendo as células de defesa e reduzindo o risco de progressão para a Aids
Foto: Pixel-Shot | Shutterstock / Portal EdiCase

Tratamento reduz danos e impede a progressão para Aids

Os antirretrovirais — medicamentos usados no tratamento — bloqueiam a multiplicação do HIV, preservando as células de defesa e evitando que a infecção evolua para a Aids. Para quem já desenvolveu a síndrome, a terapia também é capaz de recuperar o sistema imune ao longo do tempo.

No Brasil, o acesso ao tratamento é universal e gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). As medicações atuais são mais eficazes, seguras e apresentam menos efeitos colaterais do que as utilizadas no início da epidemia. Embora ainda não exista cura, é possível manter o vírus sob controle. Pacientes em tratamento adequado costumam atingir carga viral indetectável, o que reduz significativamente o risco de transmissão.

Desafios no diagnóstico

Mesmo com avanços, o medo do estigma ainda afasta muitas pessoas da testagem. Estimativas apontam que cerca de 112 mil brasileiros vivem com HIV sem saber. Para ampliar o acesso ao diagnóstico, o autoteste está disponível em farmácias desde 2017, permitindo que o resultado seja obtido em cerca de 20 minutos. O ideal é realizá-lo 30 dias após uma possível exposição de risco, período necessário para que o organismo produza anticorpos detectáveis.

Prevenção antes e depois da exposição

Para situações de risco recente, existe a profilaxia pós-exposição (PEP), que deve ser iniciada em até 72 horas após a relação sexual desprotegida ou outro tipo de exposição, mediante avaliação em um serviço de saúde. Já a profilaxia pré-exposição (PrEP) é recomendada para pessoas com maior vulnerabilidade ao HIV.

Após exames e avaliação médica, o indivíduo pode iniciar medicamentos de ação antirretroviral para evitar o contágio antes que ocorra a exposição. A profilaxia pré-exposição para o HIV está disponível para retirada no SUS mediante cadastro e prescrição, mas também é comercializada nas farmácias e drogarias mediante prescrição médica.

Com tratamento adequado, acompanhamento médico e acesso a métodos preventivos, é possível viver com o HIV de forma saudável e segura. O avanço da medicina e das políticas públicas reforça um ponto essencial: a informação continua sendo a principal arma contra o vírus — e contra o preconceito que o cerca.

Por Hiorran Santos

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