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Pare de usar a IA como se fosse seu terapeuta!

No Dia do Psicólogo (27/8) especialista alerta para superficialidade de buscar aconselhamentos com uma máquina

27 ago 2025 - 06h09
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Resumo
Especialistas alertam que o uso de inteligência artificial como suporte emocional é superficial e não substitui a terapia com psicólogos, que oferece abordagem profunda, empática e fundamentada no processo terapêutico.
Foto: Gemini

Levantamento da Talk Inc sugere que um em cada dez brasileiros utiliza as plataformas de inteligência artificial como amigo ou conselheiro para desabafar sobre questões pessoas e emocionais e tentar resolvê-las. Dentre os participantes ouvidos, foram citadas justificativas como introspecção, ter poucos amigos ou ter amigos indisponíveis e solidão. Os dados também apontam que 60% das pessoas conversam com os chats de IA de maneira educada, como se estivessem conversando com um ser humano.

A neuropsicóloga Ana Beatriz Sahium, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, explica sobre esse comportamento. “Hoje o nosso mundo é muito digital, já tem uma diminuição de contato com as pessoas devido aos aplicativos de mensagens e redes sociais. A gente acaba conversando com a pessoa e nem sente que precisa talvez vê-la pessoalmente para se sentir próxima”, pontua. 

“Muitas pessoas também querem seguir a moda e acham que é legal isso de conversar com uma máquina, só que isso afasta cada vez mais do contato de pessoas. Então, ou elas estão seguindo a moda, ou essas pessoas estão evitando cada vez mais o contato humano”, completa.

Neste Dia do Psicólogo, celebrado em 27 de agosto, ela destaca que uma inteligência artificial não consegue substituir o profissional. “A máquina não tem a capacidade aprofundada de um tratamento, de te aconselhar de verdade, de ver todo o seu processo, é um aconselhamento raso, supérfluo, que não vai levar a um tratamento de verdade. A máquina não vai questionar, não vai falar que está errado, por isso muitos preferem manter esse contato, porque seguirá como certo e terá menos conflitos”, ressalta. 

“A inteligência artificial trará soluções fáceis, porque ela não tem a capacidade empática de sentimento como nós psicólogos que estudamos tanto para isso. Às vezes você vai tentar aplicar aquilo, mas não vai conseguir porque aquela não é a melhor estratégia. Nós conseguimos analisar o perfil do paciente, ver qual técnica vai ser melhor para ele”, completa.

Substituição

Ana Beatriz Sahium salienta que é impossível o psicólogo ser substituído por uma IA. “Esses programas não tem a capacidade de entender o que você já passou, porque nenhum problema é de agora, o que eu passo hoje, por exemplo, como adulto, é uma coisa que vem da minha infância, da minha adolescência, e o programa não vai investigar isso, vai tratar o raso, apenas o que você está perguntando ali”, destaca. 

“O psicólogo tem a capacidade de ver de onde vem isso, por que você mantém isso, quais são os seus gatilhos, dentro do processo terapêutico, a investigação é profunda, é uma troca difícil, é um processo longo”, completa.

Segundo a especialista, ao fazer uma terapia com o psicólogo é possível observar a evolução do paciente. “Você irá observar as suas facilidades, dificuldades e vai crescendo com isso, enfrentando. Dentro do processo terapêutico existem trocas, que com a inteligência artificial não é possível. A terapia com a inteligência artificial não é terapia. A gente não tem nenhuma comprovação com as IAs, com o chat GPT, então isso pode trazer muitos malefícios para o paciente, que ele não vai saber como dominar aquilo, ele está desabafando, mas ele não vai ter a técnica para conseguir realmente resolver aquele problema”, alerta.

(*) Homework inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.

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