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Saudade que adoece: quando o luto precisa de ajuda profissional

Com a proximidade do Dia de Finados, falar sobre o luto é essencial. Segundo especialista, veja 5 sinais de quando pedir ajuda

31 out 2025 - 17h54
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Com a aproximação do Dia de Finados, em 2 de novembro, momento em que muitas pessoas se voltam à memória de entes queridos que já se foram, é importante refletir sobre o caminho que vai da saudade à dor persistente — e quando ela exige atenção profissional. O chamado transtorno do luto prolongado é uma condição que atinge aproximadamente 10% das pessoas enlutadas, que não conseguem lidar com a nova realidade sem aquele que partiu.

Quando a saudade adoece: sinais de que o luto precisa de ajuda profissional
Quando a saudade adoece: sinais de que o luto precisa de ajuda profissional
Foto: Shutterstock / Alto Astral

Atenção ao luto prolongado

Segundo a psicóloga e psicanalista Camila Grasseli, professora do Centro Universitário UniBH - o luto prolongado é aquele em que a pessoa praticamente morre junto com quem morreu. O isolamento e a angústia nesses casos podem se estender, sem alívio, por meses e até anos. "A pessoa deixa de tomar banho, de se alimentar, perde o emprego, se trabalhava. É um sofrimento que merece muita atenção."

Não há tempo ideal para o luto

Ainda de acordo com a especialista, não há um tempo ideal ou esperado para o luto. A fase vai depender da pessoa que o enlutado perdeu e da importância dela para os que ficaram. Perder um parente próximo, com o qual havia uma dependência afetiva ou social, terá impacto diferente de uma perda menos central — e isso injeta grande variabilidade no processo. "Às vezes você perdeu um pai, mas ele não era o arrimo da sua vida inteira. E isso faz toda diferença no tamanho desse luto", explica.

Como identificar o limiar entre "dor natural" e necessidade de ajuda?

A professora explica que aqueles em sofrimento por um luto prolongado deixam de cuidar de si mesmos. Perda de apetite acentuada, grande perda de peso ou negligência da higiene pessoal são alguns sinais que indicam alerta. "Antes dirigida à vida externa, a energia vital do enlutado fica mais interna. É como se ele fechasse sua janela para o mundo e concentrasse suas lembranças na pessoa perdida, não vendo mais graça em nenhum outro aspecto da vida. Todos nós passamos por esse processo. A diferença é que quem estende esse sentimento, não consegue retomar a vida. Fica com a presença daquele que se foi "embutido" no novo cotidiano."

Quando buscar ajuda

Para a profissional, nem todo luto demanda intervenção, mas o apoio psicológico é fundamental quando os familiares e amigos percebem que o enlutado está "adoecendo". "Se a rede de convivência observa que a pessoa não está mais se levantando da cama, por exemplo, trocando de roupa, tomando banho, um alerta precisa ser ativado".

Alto Astral
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