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Vaquinha vai construir casas para 300 cães e gatos no RS

Para proteger do frio, entidade abriga animais apenas com ajuda de apoiadores em Porto Alegre

24 jun 2015 - 12h38
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Quando o frio chega no Rio Grande do Sul não são apenas os seres humanos que sofrem com as temperaturas na casa de um dígito. Tanto que os apoiadores de uma entidade chamada Pró-Bicho Gaúcho, localizada em Porto Alegre, organizaram uma vaquinha (clique para entrar na página) para comprar casinhas que servirão de abrigo para os mais de 300 cães e gatos que vivem no local.

Gatinha abrigada na Pró Bicho Gaúcho
Gatinha abrigada na Pró Bicho Gaúcho
Foto: Terra

A ideia é juntar cerca de R$ 4 mil para a compra de 60 casinhas de madeira que protegem os animais do frio. Os abrigos são importantes porque dão mais qualidade de vida aos cães e gatos e diminuiu a incidência de doenças do trato pulmonar, muito comuns nessa época do ano. A meta foi alcançada, mas quanto maior o recurso, mais casinhas podem ser compradas.

“A ideia (da vaquinha) partiu do grupo Mural dos Bichos, Animal é Tri, através da Daniela Rios, junto com a Valencia, do Bicho de Rua, que em uma reunião viram a nossa necessidade e resolveram organizar a vaquinha”, explica Raquel Castro, administradora da Pro Bicho Gaúcho.

Raquel, administradora do local, brinca com os cães
Raquel, administradora do local, brinca com os cães
Foto: Terra

A entidade foi criada há mais de 10 anos da inciativa de cidadãs alemãs que queriam criar um lar para animais abandonados no Brasil. O local escolhido foi um terreno no extremo sul da cidade de Porto Alegre, onde foi construído toda uma estrutura para abrigar os animais.

A Pró Bicho Gaúcho funciona por meio de apadrinhamentos e doações, não recebe sequer um tostão do poder público. Os custos mensais giram na casa dos R$ 23 mil e o dinheiro é gasto com o salário de funcionários, despesas de funcionamento, medicamentos, tratamento veterinário e ração. Mas os recursos não são suficientes para a manutenção dos canis.

“Trabalhamos com uma rede de proteção organizada pelas redes sociais, que fazem o trabalho de resgate. Nós oferecemos a castra, vacina, vermífugos além do trabalho de socialização”, conta Raquel. Durante a estadia dos animais, a equipe procura identificar traços que possam ter levado ao abandono na tentativa de encontrar um novo lar para os cães e gatos.

Não é um depósito de animais

A entidade às vezes é confundida com um local para o descarte de animais. A Pró Bicho deixa claro que recebe os animais apenas através de ações de resgate realizadas pelas protetoras, que costumam agir em casos de risco de morte e sofrimento. Estas mesmas protetoras levantam o dinheiro necessário para o tratamento do animal, o que viabiliza o trabalho.

Recepcionista, rinha por R$ 30 e zoofilia

Bethoveen, o recepcionista
Bethoveen, o recepcionista
Foto: Terra

As histórias desses animais são relatos de abandono e maus tratos. De acordo com a administradora do local, Raquel Castro, algumas pessoas resolvem abandonar o bicho depois de anos de convívio porque o animal late, faz bagunça ou simplesmente porque resolvem mudar de casa.

Logo ao chegar na Pró Bicho, você é recebido por um cão de mais de 70 kg chamado Bethoveen. Com um agasalho e um crachá de recepcionista, ele dá boas-vindas aos visitantes. “Ele ganhou o cargo de recepcionista porque ele é muito curioso, quando chega alguém ele começa a procurar guloseimas nos bolsos, dentro dos carros”, conta Raquel.

Apesar da simpatia, Bethoveen sofre de uma doença incurável chamada piodermite recidivante nas patas traseiras. Isso exige curativos trocados três vezes por dia, além de antibióticos. O custo do tratamento é de aproximadamente R$ 1,3 mil, mas a madrinha que o ajuda consegue contribuir apenas com R$ 250 mensais, o resto é bancado pela entidade.

Vitório foi resgatado de uma rinha por R$ 30
Vitório foi resgatado de uma rinha por R$ 30
Foto: Terra

Outro caso que chama atenção é do pitbull Vitório. Ele foi resgatado de uma rinha em que as pessoas pagavam R$ 30 para vê-lo brigar até a morte . “A protetora perguntou quanto valia a rinha, pagou os R$ 30 e ficou com ele”, conta Raquel.

Susi foi resgatada depois de sofrer maus tratos e de ser abusada sexualmente por humanos
Susi foi resgatada depois de sofrer maus tratos e de ser abusada sexualmente por humanos
Foto: Terra

A cadela Suzi, que possui até uma página no Facebook: Susi Guerreira !, sofria maus tratos e era abusada sexualmente por humanos. Como os outros, ela foi resgatada e hoje aguarda por adoção. “Ela é muito agradecida por todo o cuidado que recebe”, conta Raquel.

Prontos para adoção

O perfil mais procurado para adoção é o de filhotes, cães de grande ou pequeno porte, de pelagem de cor clara. Os cães de pelo preto são os menos levados pelos adotantes que visitam o local. “Não sei porque disso, fava até para fazer um estudo sobre isso”, diz Raquel.

Doações

Além da vaquinha, você pode contribui com o apadrinhamento ou adoção dos animais, ou pode contribuir diretamente na conta da entidade. Para mais informações:  51 3258 1206 / 51 9849 8118 / bichogaucho@hotmail.com.

Doações podem ser feitas na conta:

Banco: Bradesco

Conta corrente: 11399-9

Agência: 3419-3

CNPJ – 15.255.154/0001-00

Associação Pró Bicho Gaúcho

Fonte: Terra
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