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O que é a infertilidade imunológica e como ela pode afetar as chances de gravidez?

Alterações imunológicas podem interferir na implantação do embrião, mas diagnóstico correto e acompanhamento especializado ampliam as chances de uma gestação saudável

17 dez 2025 - 15h10
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Decidir aumentar a família costuma vir acompanhado de planos, expectativas e sonhos. Mas, para alguns casais, a gravidez não acontece no tempo esperado - mesmo quando exames iniciais parecem normais. Em parte desses casos, a dificuldade para engravidar pode estar ligada a um fator pouco discutido fora do consultório: a infertilidade imunológica.

A infertilidade imunológica envolve reações do próprio sistema de defesa do corpo e pode estar por trás de perdas gestacionais; entenda
A infertilidade imunológica envolve reações do próprio sistema de defesa do corpo e pode estar por trás de perdas gestacionais; entenda
Foto: Reprodução: Canva/Aflo Images / Bons Fluidos

Entender como o organismo materno reage à presença de um embrião é um passo importante para encontrar caminhos seguros, individualizados e baseados em evidências.

O que é infertilidade imunológica?

O sistema imunológico tem a função de proteger o corpo contra ameaças externas. Durante a gestação, porém, ele precisa fazer um ajuste delicado: o embrião carrega metade do material genético do pai e, por isso, pode ser reconhecido como algo parcialmente "estranho" pelo organismo da mulher.

Quando essa adaptação não acontece de forma adequada, o corpo pode reagir de maneira exagerada, dificultando a implantação do embrião no útero ou levando a perdas muito precoces - às vezes antes mesmo de a gravidez ser confirmada.

Quais alterações imunológicas podem afetar a fertilidade?

Entre os principais mecanismos envolvidos nesse tipo de infertilidade estão:

  • Falha de implantação embrionária: o embrião não consegue se fixar corretamente no útero logo no início da gestação;
  • Processos autoimunes: o organismo produz anticorpos que atacam estruturas essenciais da gestação, como a placenta, provocando inflamação e prejuízo ao desenvolvimento embrionário;
  • Trombofilias: alterações na coagulação do sangue, hereditárias ou adquiridas, que aumentam o risco de abortos de repetição e complicações durante a gravidez.

Essas condições estão frequentemente associadas ao diagnóstico conhecido como "infertilidade sem causa aparente".

Exames que ajudam a identificar o problema

Quando há suspeita de infertilidade imunológica, a investigação é mais detalhada. Entre os exames solicitados, estão: histeroscopia diagnóstica (que permite avaliar o interior do útero e identificar inflamações, aderências ou pólipos que dificultam a implantação); avaliação das células NK (ou natural killers, que analisa o comportamento de células de defesa que, em excesso, podem atacar o embrião); testes imunológicos específicos (detectam anticorpos que interferem na fixação embrionária) e exames para trombofilia (identificam alterações na coagulação que podem comprometer a placenta e o fluxo sanguíneo para o bebê).

Esses exames ajudam a reduzir o risco de perdas gestacionais inesperadas e orientam o tratamento mais adequado.

Quais são as opções de tratamento?

Após o diagnóstico, é possível adotar estratégias que aumentam as chances de uma gestação evoluir de forma saudável. Entre elas:

  • Medicamentos anti-inflamatórios em doses controladas: utilizados, em geral, até a metade da gravidez para modular a resposta imunológica sem prejudicar o bebê;
  • Anticoagulantes específicos: indicados nos casos de trombofilia, ajudam a prevenir a formação de coágulos e protegem a circulação placentária;
  • Terapias imunomoduladoras: em situações selecionadas, infusões lipídicas podem servir para reduzir a atividade excessiva das células NK.

O acompanhamento costuma ser contínuo, durante toda a gestação e, em alguns casos, também no pós-parto, para diminuir riscos como trombose.

E a fertilidade masculina?

A investigação não deve se limitar à mulher. Estima-se que cerca de 30% dos casos de abortos recorrentes tenham relação com fatores masculinos. Um exame cada vez mais relevante é o índice de fragmentação do DNA espermático, que avalia a integridade genética dos espermatozoides e pode influenciar diretamente a viabilidade do embrião.

Informação como aliada do sonho de engravidar

A infertilidade imunológica pode assustar à primeira vista, mas está longe de ser um ponto final. Com diagnóstico cuidadoso, exames adequados e tratamentos personalizados, muitos casais conseguem superar esse obstáculo e realizar o desejo de ter um filho. Buscar informação de qualidade e acompanhamento especializado transforma incerteza em possibilidade - e fortalece o caminho rumo à maternidade e à paternidade.

Bons Fluidos
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