Não sabíamos por que muitas pessoas reagem mal ao glúten sem ter doença celíaca. Um novo estudo aponta para causas psicológicas
Pesquisa com dados de 16 países ajuda a entender quem são os pacientes e por que o diagnóstico ainda é um desafio
Inchaço, dor abdominal, gases, diarreia… são sintomas que algumas pessoas sentem após consumir alimentos ricos em glúten. Mas elas não têm doença celíaca nem alergia ao trigo. Em teoria, poderiam comer pão comum ou um prato de macarrão sem qualquer problema, e ainda assim a digestão se transforma em um verdadeiro sofrimento. É o que acontece com uma em cada dez pessoas no mundo.
Essa é a conclusão de um estudo recente publicado na revista Gut, o mais abrangente até agora sobre a prevalência global da sensibilidade ao glúten ou ao trigo não celíaca. A condição parece afetar um perfil bastante específico: mulheres com desconforto psicológico e/ou síndrome do intestino irritável (SII).
A revisão sistemática com metanálise analisou 25 estudos publicados entre 2014 e 2024, reunindo dados de cerca de 49 mil pessoas, em sua maioria adultos de diferentes faixas etárias, de 16 países das Américas, Europa, Pacífico Ocidental, Sudeste Asiático e da região oriental do Mediterrâneo. Dois desses trabalhos também incluíram informações pediátricas, envolvendo crianças e jovens.
A sensibilidade ao glúten não celíaca (SGNC) ganhou visibilidade nos últimos anos à medida que cresceu o conhecimento da população sobre o glúten, a doença celíaca e outros distúrbios digestivos relacionados à inflamação crônica e à saúde da microbiota.
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