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Empresa dá folga para mulheres durante período menstrual

Empresa britânica afirmou que a medida visa criar um ambiente de trabalho mais feliz e saudável para todos os funcionários

2 mar 2016 - 16h07
(atualizado às 17h14)
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Uma empresa britânica introduziu uma política de flexibilização de horários para mulheres que estão no período menstrual. As informações são do site do jornal The Independent.

Uma grande parte dos empregados da Coexist, localizada em Bristol, é de mulheres e a medida visa “criar um ambiente de trabalhos mais feliz e saudável” para todos os funcionários.

Foto: iStock

A empresa espera enfrentar o tabu da menstruação, tornando-se a primeira a inserir uma política que permita as mulheres a deixar o trabalho se estiver com muita dor.

O diretor da empresa, Bex Baxter, explicou a ação. “Como um gerente de pessoal, tenho visto que as mulheres realmente sofrem neste período e abordá-las pode ser vergonhoso”.

“Elas sentem-se culpadas e envergonhadas por, às vezes, levarem mais tempo para realizar uma tarefa e muitas vezes sentam em silêncio em suas mesas esperando que a dor passe. A ideia começou a partir desta situação e pensamos no que poderíamos fazer sobre isso e tentar reverter esse grande tabu”, disse.

Um estudo sugere que 90% das mulheres experimentam algum tipo de dor no período. Cerca de 20% descreveram sua dor como moderada, enquanto 2% classificaram como grave.

Em outra pesquisa, 14% das entrevistadas afirmaram que, frequentemente, ficam incapacitadas de trabalhar por causa da dor. Baxter acredita que a conduta irá aumentar a produtividade e espera que outras empresas passem a adotar condutas similares.

Em 2007, a Nike introduziu a “licença menstrual” e fez com que seus parceiros de negócios assinassem um memorando de entendimento para garantir que os padrões da empresa sejam seguidos.

Baxter afirmou que a medida é para dar condições iguais de trabalho. “Muitas empresas são predominantemente masculinas e incentivam longas horas de trabalho, mas há um equívoco: ficar muito tempo fora torna o negócio improdutivo”.

“Não se trata de funcionários que passam mais tempo em casa, mas de um trabalho flexível e eficiente em torno de seu ciclo menstrual para incentivar um equilíbrio em e vida profissional”, concluiu.

Mas a questão da licença menstrual dividiu opiniões. Alguns disseram que é discriminatória ou até mesmo sexista permitir às mulheres um tempo extra de folga, enquanto outros argumentam que essa é uma necessidade médica.

Bex Baxter se defendeu das acusações. “Quando elas estão em seus períodos entram em um estado em que precisam se reagrupas, manter o calor e nutrir seus corpos. Imediatamente após voltarem, é o momento em que as mulheres produzem três vezes mais do que o de costume”.

Fonte: Terra
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