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Ibuprofeno pode agravar quadro de Covid-19, indica estudo

Entenda quem corre mais riscos com o coronavírus ao consumir anti-inflamatórios no tratamento

16 mar 2020 - 17h10
(atualizado às 17h38)
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Uma recente publicação no twitter do Ministro da Saúde francês, Olivier Véran, sobre o uso de anti-inflamatórios por pacientes diagnosticados com o novo coronavírus deixou muitas dúvidas entre a relação desses remédios com a doença Covid-19. No Brasil, eles são vendidos com diversos nomes. 

Ibuprofeno pode agravar quadro de Covid-19, indica estudo - Créditos: Michelle Lee Photography/Shutterstock
Ibuprofeno pode agravar quadro de Covid-19, indica estudo - Créditos: Michelle Lee Photography/Shutterstock
Foto: Créditos: Michelle Lee Photography/Shutterstock / Minha Vida

"Tomar medicamentos anti-inflamatórios (ibuprofeno, cortisona...) pode ser um fator para agravar a infecção. Se tiver febre, tome paracetamol. Se você já estiver tomando medicamentos anti-inflamatórios ou estiver em dúvida, consulte seu médico", disse ele na rede social.

Ibuprofeno deve ser evitado?

De acordo com um estudo publicado no periódico científico The Lancet, em 11 de março, pacientes com diabetes, hipertensão e insuficiência cardíaca que eram tratados com anti-inflamatórios não esteroides tinha mais risco de desenvolver quadros graves do Covid-19.

Isso porque esses medicamentos aumentam a expressão de enzimas conversoras de angiotensina, com as quais o vírus se liga para infectar o organismo, ou seja, facilitando sua entrada nas células.

Além disso, esses tipos de remédios, que também incluem tiazolidinediona (utilizada para tratar a diabetes tipo 2), podem afetar a capacidade de reação do sistema imunológico, afetando a eficiência do tratamento no combate ao coronavírus.

Por isso, a orientação, segundo nota de esclarecimento da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), é que esses pacientes sejam acompanhados adequadamente e cada caso seja avaliado, com suspensão da medicação se necessário. Lembrando que a pesquisa ainda é preliminar e ainda não houve manifestação da Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Em não havendo evidências definitivas a respeito da associação entre o uso desses fármacos e maior risco da doença, a SBC recomenda avaliação individualizada do paciente em relação ao risco cardiovascular da suspensão dos fármacos versus o risco potencial de complicações da doença", diz o comunicado.

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