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Mau hálito no beijo: aprenda a lidar definitivamente com o problema

Confira as dicas dos especialistas e não deixe a halitose estragar o momento!

28 jun 2021 - 22h02
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Mau hálito na hora do beijo
Mau hálito na hora do beijo
Foto: Shutterstock / Alto Astral

O beijo na boca é tão bom que parece ser difícil pensar em algo capaz de estragar esse momento. Mas, infelizmente, algumas condições podem tornar o ato bastante desconfortável, como o mau hálito. 

Você já imaginou beijar alguém e um cheiro ruim dominar a situação? Péssimo! Por isso, é preciso entender como tratar esse problema de maneira correta. "Embora balas e chicletes possam ser de grande ajuda quando consumidos antes do beijo, eles apenas mascaram uma condição que voltará logo após", explica Cláudia Christianne Gobor, cirurgiã-dentista especializada em tratamento de halitose e presidente da Associação Brasileira de Halitose (ABHA).

E se você já passou por uma situação assim, saiba que não está sozinho: cerca de 50 milhões de brasileiros sofrem com a halitose, segundo dados da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia. O mau cheiro pode não ser percebido pelo portador e, quando notado, causar vergonha e insegurança ao se relacionar com outras pessoas.

Quando encontramos um parceiro com essa condição, logo vem a preocupação sobre também apresentá-la em decorrência dos beijos. "Por envolver questões ligadas às próprias bactérias já existentes na boca do indivíduo, o mau hálito não pode ser transmitido pela saliva, mas, sim, pode ocorrer uma colonização bacteriana diferente na cavidade bucal da outra pessoa", pondera a dentista. 

Logo, essas bactérias aliadas a outros fatores já presentes no organismo podem contribuir para que a halitose surja em algum momento. Sendo assim, mesmo que não seja transmissível, vale ficar atento aos sinais e buscar soluções para o problema.

"Além da higiene bucal correta, medidas preventivas, como ingestão diária de líquidos adequada, fazem com que a pessoa tenha uma salivação ideal e isso pode ajudar muito", orienta e especialista. No entanto, apenas um diagnóstico correto poderá tratar o problema.

Com isso, Claúdia ressalta a necessidade de uma consulta com um profissional especializado e capacitado pela ABHA para que o tratamento seja feito da forma correta e o problema resolvido, devolvendo a segurança, o bem-estar e a saúde bucal ao paciente. "O tratamento da halitose é multidisciplinar já que encontramos causas bucais e sistêmicas envolvidas. Nunca teremos apenas uma causa e, sim, fatores concomitantes que fazem aparecer a alteração de hálito", conta.

Mantenha uma higiene bucal correta e frequente

"A higiene oral deficiente leva à formação de saburra, um material viscoso e esbranquiçado ou amarelado, que adere ao dorso da língua, gerando componentes de cheiro desagradável", complementa o cirurgião-dentista Hugo Lewgoy. 

Além da escovação com creme dental, uso de enxaguantes bucais e fios-dentais sempre ao acordar, após as refeições e antes de dormir, outros cuidados podem ser incorporados a essa rotina para garantir resultados mais efetivos, como uma limpeza específica para a língua.

Segundo Hugo, a escova usada nessa parte da boca deve ter cerdas um pouco mais firmes do que as dentais normais e um perfil baixo, para não provocar ânsia. Vale ainda investir em uma com superfície circular, que se adapte à forma da língua sem desconforto.

Para turbinar ainda mais a limpeza, o profissional explica sobre outro produto eficiente: os higienizadores linguais plásticos. "Estes removem a saburra lingual de forma muito mais eficiente do que as escovas normais, sem machucar a língua ou sem provocar ânsia e náuseas", afirma. 

Fontes: Cláudia Christianne Gobor, cirurgiã-dentista especializada em tratamento de halitose e presidente da Associação Brasileira de Halitose (ABHA); Hugo Lewgoy, cirurgião-dentista e doutor pela Universidade de São Paulo (USP). 

Alto Astral
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