Ioimbina para emagrecer: como usar, onde encontrar e possíveis riscos
Substância tem chamado cada vez mais a atenção de quem frequenta a academia
A ioimbina é uma substância derivada das árvores africanas corynanthe yohimbe e pausinystalia yohimbe. Ao mesmo tempo, há relatos de muitas pessoas que usam esse produto com objetivo de alta performance em seus treinos, sem o mínimo de acompanhamento. Aí é que surge a pergunta: qual é a finalidade dela? Será que ioimbina emagrece?
Urologista responde sobre a utilidade da ioimbina
"A ioimbina é usada para fins de aumentar a libido, melhorar a ereção ou até para emagrecer. A literatura não é clara quando se fala em benefícios da ioimbina no emagrecimento, mas acredita-se que pode ter um efeito termogênico leve, como também pode reduzir o apetite", respondeu com exclusividade para o Sport Life o urologista dos Hospitais Universitário Cajuru e São Marcelino Champagnat Dr. Mark Neumaier.
Ainda em contato com a reportagem, Mark citou que não existe nenhuma relação do uso de ioimbina com a testosterona e que não há contraindicação do uso para quem não exercita.
"Entretanto, deve-se evitar fazer uso do fármaco ao mesmo tempo que o losartana e medicamentos psiquiátricos. Além disso, pessoas com disfunção renal e hepática também devem evitar o consumo", detalhou o profissional.
Consegue manter uma vida física ativa com a utilização da ioimbina e deu alguma "escapada" com uso de bebida alcoólica na véspera ou no fim de semana? Creio que é o momento de rever os seus hábitos. "Para quem usa ioimbina, é importante evitar o consumo de bebidas alcoólicas já que podem aumentar os efeitos colaterais do fármaco", garantiu Neumaier.
A relação da utilidade da ioimbina com o esporte
Esse fármaco faz bem principalmente após o exercício físico conforme colocação desse profissional. "Como a ioimbina estimula o sistema simpático, atua como um estimulante e melhora a disposição. Ainda, por ser vasodilatador, também pode ajudar na recuperação das fibras musculares após os exercícios", concluiu o Dr. Mark Neumaier.
Dados
São orientações que servem para "frear" o fenômeno da automedicação no país. O levantamento do CFF (Conselho Federal de Farmácia) apontou que 77% dos brasileiros fizeram uso de medicamentos nos últimos seis meses, ou seja, a automedicação tornou-se hábito "comum".
Esse relatório de 2019 também trouxe que quase a metade (47%) se automedica por pelo menos uma vez por mês e um quarto (25%) o faz todo dia ou ao menos uma vez na semana.
