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Embriões excedentes podem ser implantados depois; entenda

8 ago 2012 - 09h09
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Graças a uma fertilização

Uma das opções para o excedente de embriões é o congelamento para implantação posterior. Se o casal desejar ter mais filhos, é só fazer a transferência das células já fecundadas
Uma das opções para o excedente de embriões é o congelamento para implantação posterior. Se o casal desejar ter mais filhos, é só fazer a transferência das células já fecundadas
Foto: Shutterstock
in vitro

, Jeanette e Arthur Fardelin conceberam quíntuplos. Os embriões foram fertilizados há seis anos, mas o casal foi engravidando aos poucos. A filha mais velha deles tem 6 anos. Os meninos completam a escadinha: o mais velho, com 4, depois um garoto de 2 anos e os gêmeos, que têm um mês de vida. Todas as crianças são fruto dos embriões que foram concebidos

in vitro

em 2006. O casal explica que, como gostariam de ter mais filhos, os médicos os aconselharam a congelar as células remanescentes da fertilização e implantá-las depois de alguns anos - e foi o que fizeram.

O caso dos Fardelin mostra uma das opções que a medicina dá para os casais que passaram por um ciclo de fertilização e não utilizaram todos os embriões fecundados. Além desta opção, o casal ainda pode doar o material para pesquisa com células-tronco, ou para um banco de embriões com doadores anônimos - nesse caso a célula excedente será utilizada por outros pacientes com problemas de fertilidade.

Segundo Dirceu Henrique Mendes Pereira, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH), o casal que opta pelo congelamento dos embriões para posterior uso próprio paga uma taxa pelo procedimento, que tem custo entre R$ 2.500 e R$ 3.000, e uma manutenção trimestral ou semestral para manter a célula no banco. O valor varia de R$ 300 a R$ 500. "Esses embriões, teoricamente, podem ficar congelados por tempo indeterminado. Porém, o Conselho Federal de Medicina (CFM) normatiza que é conveniente que a transferência dessas células seja feita em até três anos de congelamento", explica.

Doações

Se o casal não tiver o desejo de manter os embriões congelados para uso próprio, é possível que eles façam a doação dessas células. Segundo Dirceu, de acordo com as regras estabelecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) os embriões podem ter como destino laboratórios de pesquisas médicas de células-tronco ou o banco de doadores anônimos de embriões.

Caso os embriões sejam enviados para estudo, a clínica vai dar o melhor destino laboratorial para eles. Se a opção for doação para casais com problemas de fertilidade, eles serão mantidos no banco da clínica até que apareçam os futuros pais para os embriões doados.

Os possíveis destinos das células são descritos em um documento chamado de consentimento informado. Esse termo é assinado pelo casal assim que eles decidem o que será feito do embrião, antes do início do tratamento na clínica de fertilização.

Em nota, o CFM afirmou que sua Comissão de Reprodução Assistida está discutindo e preparando uma proposta mais completa sobre o destino de embriões não utilizados nos ciclos de reprodução assistida. A previsão é que a comissão apresente esse parecer ao plenário do CFM até o final deste ano.

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Fonte: Cross Content
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