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Exames de sangue podem indicar problemas no coração; saiba como

Três biomarcadores sanguíneos podem prever, com anos de antecedência, o risco de infarto e outras doenças cardíacas, mesmo em pessoas aparentemente saudáveis

5 nov 2025 - 16h20
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Um avanço promissor na medicina cardiovascular pode mudar a forma como os médicos detectam e previnem doenças do coração. Pesquisadores apresentaram novas evidências de que certos exames de sangue pouco comuns na rotina clínica podem identificar, com anos de antecedência, pessoas sob maior risco de infarto e outras complicações cardíacas - mesmo antes do surgimento dos primeiros sintomas.

Estudo revela que exames de sangue podem identificar precocemente o risco de infarto e orientar estratégias de prevenção
Estudo revela que exames de sangue podem identificar precocemente o risco de infarto e orientar estratégias de prevenção
Foto: Reprodução: Canva/RyanKing999 / Bons Fluidos

O estudo, divulgado pela American Heart Association, analisou a combinação de três biomarcadores sanguíneos. Ele mostrou que seus níveis podem prever o risco cardiovascular de maneira mais precisa do que os exames tradicionais.

O que são biomarcadores e como funcionam

Os biomarcadores são moléculas presentes no sangue - como proteínas, enzimas ou lipídios. Por sua vez, eles refletem o funcionamento interno do organismo. Eles funcionam como "sinais de alerta" que permitem detectar alterações antes que se transformem em doenças. No caso do coração, os três principais biomarcadores analisados pelos pesquisadores foram:

  • Lipoproteína (a) [Lp(a)]: tipo de colesterol fortemente influenciado pela genética. Quando elevado, pode favorecer o acúmulo de placas nas artérias;
  • Colesterol residual: partículas de gordura nocivas que nem sempre aparecem em testes convencionais, mas que também contribuem para a obstrução arterial;
  • Proteína C reativa (hsCRP): marcador de inflamação no corpo. Níveis altos indicam que o organismo está sob estresse e pode estar sofrendo danos vasculares.

O que o estudo descobriu

A equipe utilizou dados do UK Biobank, um dos maiores bancos de saúde do mundo, com mais de 300 mil participantes sem histórico de doenças cardíacas. Eles foram acompanhados por cerca de 15 anos. O resultado revelou uma relação direta entre a elevação desses biomarcadores e o risco de infarto. Pessoas com três marcadores elevados tiveram quase três vezes mais risco de infarto. Com dois marcadores alterados, o risco foi mais que o dobro. E aquelas com um marcador elevado apresentaram aumento de 45% nas chances de eventos cardíacos.

Para os pesquisadores, a combinação desses marcadores integra fatores genéticos, metabólicos e inflamatórios. Isso ajuda a identificar precocemente indivíduos de alto risco e a personalizar estratégias de prevenção.

Prevenção e diagnóstico precoce

Os achados reforçam a importância de incluir análises mais detalhadas de sangue em exames de rotina, principalmente em pessoas com histórico familiar de doenças cardíacas, diabetes tipo 2, hipertensão, obesidade ou níveis inexplicáveis de colesterol. Esses testes também podem revelar riscos ocultos em indivíduos aparentemente saudáveis.

Os pesquisadores acreditam que, com mais estudos e validações clínicas, esses testes poderão integrar protocolos de avaliação de risco cardiovascular. Enquanto isso, os resultados já deixam uma mensagem clara: o coração fala antes do sintoma - e o sangue pode ser o primeiro a revelar o alerta.

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