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Especialistas explicam os riscos de pesquisar diagnósticos na internet; confira

A busca por diagnósticos e orientações médicas em sites ou redes sociais pode dificultar desde a identificação da doença até o tratamento

11 nov 2025 - 12h15
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Após a suspeita de uma condição de saúde, é comum que as pessoas pesquisem a origem de seus sintomas na internet. Alguns ainda, quando já têm ciência da doença que os afeta, usam a tecnologia para buscar orientações.  Especialistas alertam, no entanto, que essa prática pode trazer riscos à saúde física e mental, impactando desde os diagnósticos até o tratamentos.

A busca por diagnósticos e orientações médicas em sites ou redes sociais pode dificultar desde a identificação da doença até o tratamento
A busca por diagnósticos e orientações médicas em sites ou redes sociais pode dificultar desde a identificação da doença até o tratamento
Foto: Getty Images/Be-Art / Bons Fluidos

"Não é tudo que está na internet que serve para você. Por mais que a informação seja verdadeira e que aquilo faça sentido, às vezes, para seu caso, o seu momento específico, as pesquisas não se encaixam", aponta a nutricionista oncológica da Universidade de São Paulo e do Hospital Sírio Libanês, Gabriela Viana. 

Os perigos de obter diagnósticos pela internet

Na opinião da especialista, essa abrangência de dados gera um dos riscos mais significativos e observados com frequência em seu consultório: indicações de práticas que, em vez de ajudar na recuperação, fragilizam o organismo do paciente. Viana cita, por exemplo, o caso de um homem diagnosticado com câncer de pâncreas, que, depois de pesquisas, retirou muitos alimentos da dieta, pois estariam associados a malefícios à saúde.

"Eu falei: 'O senhor, está tomando só água, né? Porque não sobrou nada. Ele tinha cortado tudo. Chegou até a me perguntar: 'Mas eu posso comer arroz?' (...) Muitas vezes, essas coisas quase anulam o nosso tratamento. Elas tem uma interferência grande", relata a médica.

A nutricionista relembra também outra situação, na qual uma recomendação afetou a saúde de uma paciente durante as intervenções de combate ao câncer de mama. "Com a quimioterapia, o fígado começa a ficar super sobrecarregado. Então, eu pensei em reduzir a dose. No entanto, de repente, descobri que ela estava se entupindo, tomando litros de chá verde, mas uma quantidade disfuncional. Depois, quando parou de ingerir a infusão, o órgão ficou lindo. Se eu não soubesse disso, teria reduzido a dose e prejudicado o tratamento dela", detalha.

Mitos dificultam a detecção de enfermidades

Além disso, conforme destaca a mastologista Fabiana Makdissi, o consumo de informações equivocadas, sem uma checagem posterior com profissionais, também afeta a identificação precoce de condições. Isso porque algumas afirmações falsas, mas muito difundidas, podem, por exemplo, afastar os indivíduos de exames necessários para detectar doenças e iniciar intervenções.

"Existem certos mitos, inclusive, sobre as coisas que nós sabemos que protegeria a paciente, em relação a ter um diagnósticos mais tardio, como, por exemplo, a mamografia. Ainda tem muita gente que acha que mamografia pode causar câncer. Desinformações como essas, realmente, fazem muito mal", esclarece.

A nutróloga Andrea Pereira afirma, no entanto, que pessoas bem informadas costumam passar pelos tratamentos com maior equilíbrio emocional, pois os dados ajudam no entendimento e no controle da ansiedade. Por isso, as especialistas não contraindicam pesquisar sobre a enfermidades, mas orientam preferir por sites especializados, como o Instituto Oncoguia, que fornece informações de qualidade sobre diferentes tipos de câncer. 

Ademais, elas orientam repassar os estudos e recomendações encontrados para a equipe médica, a fim de verificar o que condiz com cada diagnóstico e pode beneficiar a recuperação. "A dica é sempre centralizar também com o seu médico, porque ele conhece o tratamento, está vendo os exames e sabe o que que vai ser melhor ou não. Assim, a gente vai trabalhando lado a lado", aconselha Gabriela Viana.

Bons Fluidos
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