É assim que o compartilhamento da cama afeta o desenvolvimento infantil, segundo novo estudo
Pesquisa revela como hábitos noturnos em família influenciam o bem-estar e as relações entre pais e filhos na infância
Você já ouviu falar em coleito? O termo pode ser novo, mas descreve um hábito antigo: pais e filhos dividindo a mesma cama.
A prática é bastante comum e tem como objetivo manter o bebê o mais próximo possível dos pais durante as primeiras noites. Apesar de popular, o coleito divide opiniões: há quem diga que ele pode gerar ansiedade nas crianças no futuro e quem defenda que ele fortalece o vínculo afetivo. Agora, um recente estudo sugere que nenhuma dessas hipóteses se confirma.
Coleito não tem impacto negativo nem positivo no comportamento
Segundo Ayten Bilgin, especialista em psicologia e desenvolvimento, ainda há pouca pesquisa científica sobre os efeitos psicológicos da cama compartilhada na infância — por isso ela conduziu um estudo que avaliou a evolução de sintomas internalizantes e externalizantes em crianças dos 3 aos 11 anos.
Os resultados indicam não haver relação entre dormir na cama dos pais aos 9 meses e o desenvolvimento de sintomas de ansiedade ou agressividade ao longo da infância. Apenas 8,9% das crianças apresentaram quadros graves e persistentes de ansiedade, depressão ou agressividade.
Outras 7,5% mostraram níveis moderados desses sintomas, que diminuíram com o tempo. A maioria — 56,4% — teve níveis baixos de sintomas como ansiedade, depressão, agressividade e hiperatividade.
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