"Dividir o que ganhei": Zeca Pagodinho celebra colheita farta da horta comunitária que criou no RJ
Desde julho, o sambista cedeu um espaço em sua propriedade para criar uma horta comunitária, que agora abastece moradores e cozinhas solidárias da região com frutas, verduras e legumes fresquinhos
Dos palcos para a plantação. O cantor Zeca Pagodinho comemora a colheita farta em Duque de Caxias (RJ)! Desde julho, o sambista cedeu um espaço em sua propriedade para criar uma horta comunitária, que agora abastece moradores e cozinhas solidárias da região com frutas, verduras e legumes fresquinhos.
A transformação de 8 mil metros quadrados de pastagem em um cultivo agroecológico foi uma ideia do filho de Zeca, Loiuz Carlos da Silva. Mas a iniciativa vai além de ceder o terreno. O Instituto Zeca Pagodinho, em uma parceria valiosa com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e o projeto Cidade Sem Fome, oferece cursos para que os próprios moradores aprendam a cultivar seus quintais. Ao todo, 30 alunos já estão imersos nos segredos da agricultura.
O resultado não poderia ser mais saboroso: a horta comunitária já produziu mais de 1 tonelada de alimentos! O sambista conhecido por sua filosofia de vida simples e generosa, comenta sobre a iniciativa com a sabedoria que lhe é peculiar:
"A vida tem que ser assim, ninguém pode viver sozinho. Tem que ser tudo dividido. É a vida, dividir o que eu ganhei," comenta o cantor sobre a iniciativa.
A horta comunitária de Zeca Pagodinho e da comunidade: "solidariedade"
A Horta Urbana Xerém I é mais que um projeto agrícola; é um ato de resistência e um sopro de esperança. Enquanto o Brasil celebra a saída do Mapa da Fome da ONU, dados do IBGE nos lembram que 9% dos lares brasileiros ainda enfrentam insegurança alimentar. No Rio de Janeiro, esse cenário é ainda mais desafiador, com 1,2 milhão de pessoas em vulnerabilidade em 2023. "Quando estou aqui, não tem gente passando fome," afirma Zeca, referindo-se à sua filosofia em Xerém.
O sambista, que sempre teve as panelas cheias em seu sítio, transformou essa fartura caseira em uma ação social concreta, expandindo a mesa para toda a comunidade.
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