Você se sente mais feio nas reuniões online? Estudo explica por que isso está cada vez mais comum
Pesquisas mostram o impacto dos encontros virtuais na autoestima; reflexo já é sentido na busca por procedimento estéticos na face
A insatisfação com a própria aparência ao se ver em reuniões online não é problema individual. Pelo contrário, estudos têm mostrado que o sentimento é compartilhado por muitos que participam desses encontros virtuais na "era do Zoom".
A avaliação é de que ver o próprio rosto na tela por longos períodos de tempo induz o indivíduo a focar na aparência. Isso realça a percepção sobre a imagem (e suas imperfeições) transmitida aos outros. O resultado, como analisa a professora de Psiquiatria na Universidade de Colorado, Emily Hemendinger, é cada vez mais insatisfação com o reflexo do espelho e, nesse sentido, as mulheres são mais afetadas.
Pesquisadores da Universidade de Wichita, também nos Estados Unidos, identificaram em outro estudo que pessoas em chamadas por Zoom, Google Meet e outras plataformas permanecem focadas nas reuniões por cerca de 75% do tempo. No período restante, elas se dispersam — no caso das mulheres, é mais provável se distrair olhando para si mesmas do que reparando na aparência do outro.
"Isso pode levar a mais ansiedade e a indivíduos acreditando que outros estão julgando sua aparência durante a vídeo-chamada", escreveu Emily em um artigo no portal acadêmico The Conversation. Por isso, não há estranheza quando as demais pesquisas mostram que são as mulheres também as mais propensas a sofrer com fadiga nas reuniões virtuais.
Impacto na mesa de cirurgia
Segundo o Daily Mail, as consequências já são refletidas em outras áreas. Por exemplo, a Sociedade Americana de Cirurgia Plástica aponta aumento de 150% no número de buscas por procedimentos faciais a partir de 2019.
Mas nem tudo está perdido. Além de analisar o cenário, Emily listou três dicas para ajudar a proteger sua autoestima. Confira:
- durante as chamadas, se esforce para focar no que os colegas dizem ao invés de se preocupar com a forma como te veem;
- quando precisar se encarar, tente focar na sua imagem como um só corpo, e não em pequenos detalhes parte à parte;
- experimente reduzir seu tempo de acesso às redes sociais >> a pesquisadora cita outros estudos que relacionam o uso excessivo dessas mídias à baixa autoestima, tanto em adultos quanto em adolescentes.