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'Pequeno Einstein': jovem de 15 anos estuda medicina e tem doutorado em física quântica

Conhecido como "Pequeno Einstein", jovem belga concluiu um doutorado em física quântica aos 15 anos e agora quer unir ciência e medicina para ampliar a longevidade humana

15 dez 2025 - 12h03
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Observar trajetórias fora da curva sempre desperta fascínio - e também muitas perguntas. No universo da ciência, poucos casos chamam tanta atenção quanto o de Laurent Simons. Nascido no ano de 2010 em Ostende, na Bélgica, o jovem já possui uma graduação em Física e um mestrado em Física Quântica. Agora, aos 15 anos, estuda medicina.

Laurent Simons, de 15 anos, conclui doutorado em física quântica e planeja usar ciência e IA para avançar na medicina e na longevidade
Laurent Simons, de 15 anos, conclui doutorado em física quântica e planeja usar ciência e IA para avançar na medicina e na longevidade
Foto: Reprodução/YouTube / Bons Fluidos

Um percurso acelerado e consistente

Laurent realizou seu doutorado de Laurent na Universidade de Antuérpia, com foco em Física Quântica. O campo investiga o comportamento das menores partículas do universo e, segundo o próprio jovem, é "o fundamento de tudo". Durante a pesquisa, ele trabalhou com temas de altíssimo nível, como condensados de Bose-Einstein em temperaturas ultrabaixas e analogias entre estados de bósons e buracos negros - assuntos que normalmente exigem anos de formação acadêmica.

Apesar da pouca idade, Laurent já passou por diferentes ambientes de excelência científica. Estudou Engenharia Elétrica na Universidade Técnica de Eindhoven, realizou estágios em óptica quântica no Instituto Max Planck e integrou projetos em centros de pesquisa avançada. Um impasse com a universidade holandesa, que optou por não acelerar formalmente seu curso por receio da pressão midiática, levou o jovem a se transferir para Antuérpia, onde encontrou um espaço mais compatível com seu ritmo intelectual.

Quando o luto muda a direção da ciência

A trajetória de Laurent não é apenas cheia de recordes. Aos 11 anos, ele viveu a perda dos avós, no mesmo período em que concluía o bacharelado em Física. A experiência do luto provocou uma mudança profunda em seus objetivos científicos. Foi nesse momento que surgiu o interesse pela longevidade humana como campo real de investigação. Desde então, Laurent passou a falar abertamente sobre o desejo de usar a ciência para ampliar a qualidade e o tempo de vida das pessoas.

Para isso, ele planeja integrar diferentes áreas do conhecimento, como Física, Química, Medicina e Inteligência Artificial, em uma abordagem interdisciplinar que vá da compreensão da matéria até aplicações clínicas concretas.

Ciência, tecnologia e o futuro do corpo humano

Após defender a tese em Antuérpia, Laurent se mudou para Munique, onde já iniciou um segundo doutorado, agora em ciência médica com foco em inteligência artificial. A previsão é que essa etapa leve entre um ano e meio e dois anos. O plano, segundo ele, é seguir vinculado à academia, aprofundando pesquisas na interface entre Física e Medicina - especialmente em temas ligados ao aprimoramento do corpo humano e ao prolongamento da vida.

Esse caminho despertou o interesse de investidores e empresas de tecnologia. De acordo com o pai do jovem, a família recebeu contatos de pessoas "incrivelmente ricas" interessadas em apoiar seus projetos. Ainda assim, nenhum acordo foi fechado até o momento. Laurent não descarta, no futuro, dialogar com o setor empresarial, mas afirma que, por ora, sua prioridade segue sendo a pesquisa científica.

Entre o prodígio e o adolescente

Apesar de ser frequentemente chamado de "Pequeno Einstein" e ter um QI estimado em 145 - presente em apenas 0,1% da população -, Laurent faz questão de relativizar comparações históricas. Em entrevistas, já resumiu seu interesse de forma simples: "gosta de saber das coisas".

Fora dos laboratórios, sua rotina se parece com a de muitos adolescentes. Ele gosta de passar tempo com amigos, jogar videogame e assistir a maratonas de filmes da Marvel. A família se empenha em preservar esse equilíbrio, reforçando que desenvolvimento intelectual não deve excluir vivências afetivas e sociais. Essa preocupação aparece com clareza na fala do pai, que costuma lembrar: "Existem dois Laurents: o cientista e o menino."

Talento extremo e cuidado emocional

O caso de Laurent Simons reacende um debate importante: como apoiar talentos excepcionais sem transformar a infância e a adolescência em um percurso exclusivamente produtivo? Embora não seja o mais jovem doutor da história - o recorde ainda pertence ao alemão Karl Witte, que obteve o título aos 13 anos, em 1814 -, Laurent se destaca por unir precocidade, clareza de propósito e um projeto científico voltado ao coletivo.

Mais do que quebrar recordes, o jovem parece guiado por uma ideia central: usar o conhecimento para melhorar a medicina e ampliar possibilidades humanas no futuro. Para ele, a combinação entre ciência básica e inteligência artificial não é apenas promissora - é essencial para imaginar os "super-humanos" que acredita ser possível construir.

Bons Fluidos
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