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Como se conectar de verdade com os filhos em tempos de telas?

Educadora e mãe, Kassula Corrêa explica como transformar o cotidiano em momentos de vínculo e memórias afetivas duradouras

10 dez 2025 - 23h09
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Entre rotinas aceleradas, trabalho, tarefas escolares e a presença constante das telas, muitas famílias têm sentido dificuldade em realmente se conectar com os filhos. Mas será que o que os pequenos mais querem cabe em um cronograma apertado? Para a educadora e mãe Kassula Corrêa, a resposta é simples: "eles querem a gente". Presença, tempo de qualidade, olho no olho.

Especialistas reforçam que, mesmo em tempos de telas, crianças precisam de conexão real; saiba como fortalecer esses vínculos familiares
Especialistas reforçam que, mesmo em tempos de telas, crianças precisam de conexão real; saiba como fortalecer esses vínculos familiares
Foto: Reprodução: olga Volkovitskaia/ Pexels / Bons Fluidos

"Mais do que qualquer brinquedo ou programa elaborado, nossos filhos pedem a nossa atenção. Precisamos resgatar o vínculo que nasce nas pequenas convivências do dia a dia", afirma Kassula, diretora do grupo STG e diretora regional da Start Anglo Bilingual School no Rio de Janeiro.

"A gente percebe isso nas escolas. Quando abrimos espaço para jogos coletivos, rodas de conversa ou até atividades ao ar livre, o brilho nos olhos aparece. A criança sente falta do contato humano, de estar junto. Isso não mudou, mesmo em tempos de telas", conta.

O desafio dos pais em tempos digitais

Uma pesquisa da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, em parceria com o Datafolha, revelou que entre crianças de 4 a 6 anos, 94% estão expostas diariamente a telas (TV, tablets, celulares). O dado é preocupante, já que a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda o máximo de 1 hora por dia de uso recreativo nessa faixa etária.

Equilibrar o digital com experiências reais é, segundo Kassula, um dos maiores desafios da parentalidade atual. "Não precisamos demonizar as telas, elas fazem parte da nossa vida. Mas vínculos verdadeiros e memórias afetivas só nascem no contato humano. Quando um pai se senta no chão para brincar, cozinha junto ou propõe um passeio ao ar livre, ele está dizendo: 'eu estou aqui por inteiro'", reforça.

Essa presença não é apenas simbólica: tem impacto real na formação emocional e acadêmica. Estudos na área de desenvolvimento infantil apontam que crianças que convivem com pais atentos e presentes desenvolvem mais autoconfiança, concentração e habilidades sociais.

Mais presença, menos performance

Para Kassula, o convite é simples: menos consumo, mais conexão. "Claro que momentos especiais podem incluir um passeio, uma sobremesa favorita ou um jogo novo, mas a memória que fica é outra. Nossos filhos vão lembrar do bolo que fizeram juntos, do piquenique improvisado, da cabaninha na sala. É nesses momentos que eles se sentem pertencentes, acolhidos e amados", explica. Ela sugere formas simples de fortalecer o vínculo no dia a dia:

  • Tempo de qualidade: desligue o celular e dedique algumas horas exclusivas só para brincar ou conversar sem interrupções.
  • "Dia do Sim": proponha que seu filho escolha a programação de um dia da semana, reforçando seu protagonismo.
  • Contato com a natureza: um passeio, piquenique, bicicleta ou só observar um jardim, tudo isso reforça vínculo e calma.
  • Atividades criativas: inventar histórias, fazer teatro caseiro ou construir algo manualmente estimula imaginação e parceria.

Mais ideias para o dia a dia

Kassula complementa com mais algumas ideias simples, mas que fazem a diferença: ler um livro juntos e conversar sobre a história; preparar uma receita em família e dividir as tarefas; jogar um jogo de tabuleiro ou montar um quebra-cabeça; criar uma cabaninha com lençóis na sala; montar uma cápsula do tempo com bilhetes, desenhos e fotos.

"Não é sobre criar um grande evento ou gastar muito dinheiro. É sobre estar ali, de corpo inteiro, mostrando para o seu filho que ele importa. São nesses momentos que a infância acontece de verdade, e são eles que ficam na memória para sempre", finaliza Kassula Corrêa.

*Fonte: Adriana Hercowitz e Agência A Mais

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