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Alexitimia: entenda por que algumas pessoas não conseguem expressar suas emoções

Entenda o que é a alexitimia, como ela afeta a forma de lidar com emoções e quais terapias podem ajudar

23 set 2025 - 14h58
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As emoções acompanham todos os aspectos da vida e moldam a forma como nos relacionamos com o mundo. Ainda assim, para algumas pessoas, reconhecer o que estão sentindo pode ser uma tarefa difícil, com reflexos diretos na saúde mental e nos vínculos afetivos. Esse fenômeno é conhecido como alexitimia.

A alexitimia é a dificuldade em identificar e expressar sentimentos, podendo impactar relações e saúde mental; saiba mais sobre a condição
A alexitimia é a dificuldade em identificar e expressar sentimentos, podendo impactar relações e saúde mental; saiba mais sobre a condição
Foto: Reprodução: Canva/Suphansa Subruayying / Bons Fluidos

Estudos apontam que entre 17% e 23% da população apresenta dificuldades significativas em reconhecer e expressar os próprios estados emocionais, segundo instrumentos como a Toronto Alexithymia Scale. Apesar de relativamente comum, o tema ainda é pouco debatido e, muitas vezes, mal compreendido.

O que é alexitimia?

A palavra vem do grego: a (ausência), lexis (palavra) e thymos (emoção). Literalmente, significa "sem palavras para sentimentos". O termo foi introduzido nos anos 1970 pelo psiquiatra Peter Sifneos e descreve a dificuldade em identificar, descrever e elaborar emoções.

Na prática, é como tentar explicar uma cor que nunca se viu. Pessoas com alexitimia sabem que estão sentindo algo, mas não conseguem traduzir em palavras. Em vez de expressar tristeza, raiva ou alegria, muitas vezes falam em um mal-estar difuso ou em uma sensação de desconexão.

Como ela se manifesta no corpo e nas relações

A falta de clareza emocional pode repercutir no convívio social. Para alguém alexitímico, oferecer apoio emocional a um ente querido se torna mais difícil, já que há um bloqueio em compreender até os próprios sentimentos. Isso não significa ausência de emoção. Elas existem, mas são processadas de forma distinta.

Muitas vezes, esse bloqueio se expressa no corpo. Quando não conseguem verbalizar o que sentem, os afetados podem apresentar dores de cabeça, incômodos gastrointestinais ou fadiga, em um processo chamado de somatização. Pesquisas já relacionaram a alexitimia a maior vulnerabilidade para ansiedade, depressão e até abuso de substâncias.

Tipos e possíveis causas

Pesquisadores distinguem dois tipos principais: primário (considerado um traço estável de personalidade, com forte influência genética e neurobiológica); e secundária (que surge após traumas, doenças ou transtornos psiquiátricos, como depressão ou transtornos alimentares). As causas não são totalmente conhecidas, mas fatores como experiências negativas na infância, estresse crônico, lesões neurológicas e predisposição genética estão entre as possibilidades.

Diagnóstico e sintomas mais comuns

O diagnóstico é feito por um psiquiatra, com base em testes específicos, como o TAS-20 (Toronto Alexithymia Scale). Entre os sinais que podem levantar suspeita estão:

  • Dificuldade em reconhecer e descrever sentimentos;
  • Vocabulário emocional limitado;
  • Conversas curtas, frequentemente com respostas "sim" ou "não".

É possível tratar?

A alexitimia não é classificada como doença, já que não aparece no DSM-5 nem na CID-11. Mas ela pode ser acompanhada em psicoterapia, especialmente em abordagens que trabalham habilidades emocionais. Técnicas de mindfulness, arteterapia e musicoterapia também vêm mostrando resultados promissores, já que ajudam a explorar emoções sem depender apenas da linguagem verbal. Nos casos em que há transtornos associados, como depressão ou ansiedade, o psiquiatra pode recomendar o uso de antidepressivos em conjunto com o tratamento psicoterápico.

Compreender a alexitimia é reconhecer que nem todas as pessoas acessam suas emoções da mesma maneira. Isso não significa falta de sensibilidade, mas sim uma forma diferente de processar sentimentos. Ampliar a conscientização sobre o tema é essencial para reduzir preconceitos e criar ambientes mais acolhedores. As emoções são universais, mas cada um as vive de modo singular. E reconhecer essa diversidade pode ser o primeiro passo para relações mais empáticas e saudáveis.

Bons Fluidos
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