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"Me tornei punk porque me sentia triste", diz Vivienne Westwood

26 nov 2012 - 15h18
(atualizado às 15h18)
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Ela é famosa pelo seu estilo pouco ortodoxo e sobre os pontos de vista excêntricos sobre a moda, mas, mesmo com 71 anos de idade, Vivienne Westwood continua causando impacto. Dos cabelos cor de fogo à costura extravagante, a estilista britânica não é do tipo que se mistura à multidão. E agora, em uma franca entrevista ao jornal Daily Mail, ela falou um pouco sobre o seu estilo pessoal e suas influências no cenário fashion.

Vivienne Westwood é conhecida por seu estilo excêntrico, sempre fiel às raízes britânicas e à luta pelos direitos humanos
Vivienne Westwood é conhecida por seu estilo excêntrico, sempre fiel às raízes britânicas e à luta pelos direitos humanos
Foto: Getty Images

“Eu me tornei punk porque me sentia triste com o que estava acontecendo no mundo”, disse. “Eu simplesmente não podia suportar a ideia de pessoas sendo torturadas. Eu odiava a geração mais velha, que nunca tinha feito nada sobre isso [sobre a guerra]”, afirmou, dizendo que a atitude “punk” que abraçou foi uma forma de se armar.

A estilista falava sobre o novo filme Amnesty, em que pede justiça à Azza Hilal Ahmad Suleiman, uma mulher egípcia que foi espancada por soldados depois de correr e defender outra mulher que estava sendo despida por militares durante uma manifestação perto da Tahrir Square em dezembro de 2011.

Apesar do ataque ter resultado em um traumatismo craniano e perda de memória, ninguém ainda foi acusado pela agressão à Suleiman, e por isso Westwood pede para que as pessoas ajudem aqueles que não têm voz. “A bravura mostrada por Azza Suleiman, que se atreveu a brigar por uma outra mulher que estava sendo espancada, pagando um preço alto por isso, é ao mesmo tempo inspirador e humilhante. “Azza não só sofreu traumas psicológicos nas mãos daqueles que tinham a responsabilidade básica de protegê-la, mas também sofreu a negação à justiça. Isso é caótico. Eu peço por todos os formadores de opinião por Azza Suleiman. Vamos fazer disso uma moda que todo mundo queira seguir”, acrescentou.

Westwood é um ícone para velhas e novas gerações. Seu estilo sempre ultrapassa os limites, mas ela se mantém fiel às raízes britânicas e à frequente preocupação com os direitos humanos, que muitas vezes retrata por meio dos seus desenhos. A estilista, que recebeu o Order of the British Empire (OBE) em 1992, também falou sobre suas memórias mais antigas. “Eu me lembro da primeira vez que tentei ajudar alguém”, contou, lembrando-se da época da escola, onde havia um menino que ninguém conversava. “Ele estava sujo e mal-cheiroso, e ninguém brincava com ele. Eu achava isso tão injusto”, comentou. Em protesto, ela disse que decidiu anuncar para todo mundo que ele era o seu namorado. “É importante ajudar os outros”, completou.

Westwood se tornou uma aficionada pelo fenômeno punk na década de 70. Ela incorporou as principais tendências como alfinetes, xadrez, correntes e coleiras, além de maquiagem e cabelo excêntricos, e acabou se tornando uma das principais responsáveis por trazer o punk moderno e a moda new wave de volta ao maistream. 

Fonte: Terra
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