Lipoaspiração sem cortes reduz até 2 cm de gordura
Quem quer circular com o corpo com menos gorduras localizadas durante o Carnaval, que começa em menos de duas semanas, tem como opção tratamentos estéticos não-invasivos, aliados a alimentação balanceada e exercícios físicos.
Uma das principais dicas dos profissionais é a chamada "lipo sem cortes", que não deixa qualquer tipo de marca e tem resultado imediato. A técnica, realizada com o aparelho Ultra Contour, consiste na quebra das células de gordura. O responsável por isso é o ultrassom, que se propaga pelos tecidos com o auxilio de um gel espalhado na área desejada.
Mas os especialistas alertam que a aplicação não faz milagres. "Funciona em casos de gordura muito localizada e costuma-se perder, em média, apenas um ou dois centímetros por sessão", explica a dermatologista e cosmiatra Kátia Castello Branco.
A médica informa que, geralmente, o tratamento se prolonga por seis ou oito sessões, com espaçamento de uma semana. O valor de cada sessão gira em torno de R$ 500 a R$ 1.200. A "lipo" feita com ultrassom conta com um complemento. "Como os resíduos vão para o sistema linfático, fazemos drenagem linfática, mecânica ou manual, após a aplicação", explica a esteticista Arlete Cestari.
Outras utilidades do ultrassom
Além de ser um aliado na hora de perder as indesejáveis gorduras localizadas e melhorar o aspecto da celulite, o ultrassom serve pra diminuir edemas (o inchaço característico) após cirurgias plásticas, por exemplo.
"A vibração produz ação antiinflamatória. Ela penetra e ajuda absorver o líquido, que sai da corrente sangüínea e passa para os tecidos¿, explica a dermatologista e cosmiatra Eliane Mathias Senos. Nem todos os tratamentos custam o preço das sessões com o Ultra Contour, pois dependem do aparelho usado e da freqüência do som.
A profissional complementa que cerca de cinco sessões são suficientes nesse caso. Pode-se usar cremes antiinflamatórios durante o tratamento. A utilidade do ultrassom não pára por aí. "Seu uso também é recomendado para ajudar na penetração de substâncias após fazer limpeza de pele", complementa a médica Eliane.
O uso do ultrassom é contra-indicado em alguns casos. "Pacientes gestantes ou em fase de amamentação, portadores de marcapasso, próteses metálicas no local da aplicação e doenças graves no fígado", lista a dermatologista Shirlei Borelli.
O que é o ultrassom?
O ultrassom nada mais é do que um som a uma freqüência superior a que o ouvido humano pode perceber. Na natureza, é utilizado por alguns animais -como golfinhos e morcegos - para encontrar alimentos e fugir do perigo por meio das ondas ultrassônicas que eles próprios emitem.
Durante a 2ª Guerra Mundial (de 1939 a 1945), o estudo da utilidade do ultrassom para fins militares foi aprimorado com o uso do Sonar (do inglês, Sound Navigation and Ranging), aparelho que emite ondas ultrassônicas para localizar e fazer medições de objetos submersos.
O austríaco Karl Theodore Dussik é considerado o pioneiro no uso do ultrassom na medicina diagnóstica. Durante a década de 1940, buscava localizar tumores cerebrais por meio da técnica. Hoje, seu uso na medicina é amplo e abrange exames (ultrassonografia), tratamentos fisioterápicos (ação antiinflamatória), quebra de cálculos renais, resultados estéticos, entre outros.