Injetar o próprio sangue pode substituir plástica; saiba mais
26 jul2011 - 16h13
(atualizado às 17h10)
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Michelle Achkar
Tratamentos estéticos que visam o rejuvenescimento ganham novas versões com frequência - a mais recente chama-se Plasma Rico em Plaquetas. Trata-se da injeção na pele de células do sangue do próprio paciente. Na verdade, de células reparadoras do próprio sangue, formadas principalmente por plaquetas. O material pode ajudar a reparar tecidos, além da possibilidade de auxiliar no crescimento celular.
No Brasil, começou a ser feita em uma clínica no Rio de Janeiro, comandada pelo cirurgião plástico Miguel Sorrentino, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. A técnica já era usada no segmento esportivo, para o tratamento de lesões em atletas. Segundo o médico, as aplicações podem substituir uma cirurgia plástica, pois garantem rejuvenescimento e melhoram a qualidade da pele.
Em ambas as áreas, estética ou esportiva, o tratamento não tem ampla comprovação científica nacional e, por esse motivo, ainda não é validada pela SBCD (Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica). Por meio de sua assessoria de imprensa, a SBCD divulgou que não pode emitir opinião sobre a técnica, pois ainda não há estudos científicos que comprovem a eficácia. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica também não quer se pronunciar a respeito, pois não realizou estudos sobre a técnica.
Enquanto mais estudos são feitos para comprovar os reais benefícios e apontar se a técnica é segura ou não, saiba mais sobre ela clicando na aba acima e confira o que ela promete e os cuidados necessários para sua realização.
Segundo o médico, não há possibilidade de rejeição do material pelo corpo, já que é obtido do próprio paciente
São coletados cerca de 10 ml de sangue do paciente. É desse conteúdo que é separada a porção de plasma rico em plaquetas, que tem ativados os fatores de crescimento. "Estes fatores de crescimento ativados estimulam a produção de colágeno e é utilizado para preenchimentos e rejuvenescimento facial. Os fatores de crescimento ajudam a melhorar a qualidade da pele, pois são responsáveis pela cicatrização do corpo e pelo aumento da vascularização e coagulação", diz o cirurgião
Foto: Getty Images
Esse material é injetado no rosto nos locais onde haja necessidade, o que é identificado pelo profissional a partir dos desejos do paciente
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Segundo o médico, não há possibilidade de rejeição do material pelo corpo, já que é obtido do próprio paciente
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É necessário fazer repouso após as aplicações e a volta às atividades normais é liberada em alguns dias
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Pode ser feito por pessoas a partir dos 30 anos
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É necessário fazer um hemograma antes de se optar pelo tratamento, para verificar a possível existência de alterações sanguíneas, infecções ou uso de medicamentos anticoagulantes. Nesses casos, a técnica não é indicada
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São necessárias, em média, três sessões mensais sendo que os resultados começam a aparecer 15 dias após a primeira aplicação
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Em média, cada sessão sai por R$1.000
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Para tratamento de lesões, estudos médicos publicados no American Journal of Sports Medicine e The Journal of American Medical Association apontam que os resultados são variáveis e mais ou menos eficientes dependendo do tipo do problema
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A técnica oferece a possibilidade de recuperação mais rápida de lesões em tendões e músculos, uma vez que problemas nessas áreas costumam ter cicatrização lenta e exigem que atletas ou praticantes de esportes fiquem longos períodos afastados dos treinos