Script = https://s1.trrsf.com/update-1765905308/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Angelina Jolie reacende debate sobre mastectomia preventiva para câncer de mama: quem realmente precisa da cirurgia?

Médico aponta que procedimento é eficaz, mas deve ser indicado caso a caso, principalmente em pacientes com mutação genética e histórico

20 dez 2025 - 04h59
Compartilhar
Exibir comentários
Resumo
Angelina Jolie reacende debate sobre mastectomia preventiva. Especialista diz que cirurgia não é regra: depende do risco genético, histórico familiar e escolha da paciente.
Getty Images/Vittorio Zunino Cellotto
Getty Images/Vittorio Zunino Cellotto
Foto:

A nova capa da revista Time, na qual Angelina Jolie volta a falar sobre a decisão de realizar uma dupla mastectomia profilática por carregar a mutação no gene BRCA1, reacendeu o debate sobre prevenção do câncer de mama: afinal, todas as mulheres deveriam considerar esse tipo de cirurgia?

De acordo com o oncologista e mastologista Wesley Pereira Andrade, a resposta é não. “A dupla mastectomia não é obrigatória para quem tem a mutação genética. É uma opção de gerenciamento de risco”, afirma. 

Segundo o especialista, a decisão deve ser individualizada e baseada no nível de predisposição ao câncer, histórico familiar e escolha da paciente, sempre com orientação médica.

O que é o gene BRCA1?

O médico explica que o BRCA1 funciona como um “gene guardião” que protege o DNA contra tumores de mama e ovário. Quando existe uma mutação, a perda dessa proteção eleva drasticamente o risco. “Quem nasce com essa mutação tem risco de cerca de 70% a 80% para desenvolver câncer de mama ao longo da vida, enquanto a população geral tem risco entre 10% e 13%”, diz.

Angelina Jolie declarou que tinha 87% de chance de desenvolver câncer de mama e 50% de ovário. Nesse cenário, a mastectomia preventiva surge como alternativa. Andrade destaca que a adenomastectomia profilática — procedimento que remove grande parte do tecido mamário — pode reduzir o risco em até 90%, derrubando a probabilidade para aproximadamente 7%. “Isso faz com que o risco residual fique até menor do que o da população sem mutação”, explica.

Prevenção cirúrgica não é 'regra universal'

O cirurgião alerta que a prevenção cirúrgica não deve ser encarada como regra universal. Para mulheres com a mutação, mas que não desejam ou não podem ser operadas, existe um caminho seguro: o acompanhamento imagiológico intensivo. “Mamografias e ressonâncias magnéticas periódicas permitem identificar lesões no início, muitas vezes curáveis apenas com cirurgia, e ocasionalmente com quimioterapia”, afirma.

Outro ponto importante é que o teste genético não é recomendado para todas as mulheres. Ele é indicado principalmente para quem tem histórico significativo na família. Ou seja, casos de câncer de mama ou ovário, especialmente em idades jovens. “Se não há antecedentes, a chance de carregar a mutação é muito pequena. A herança é familiar; se seus ascendentes não têm, dificilmente você terá”, explica Andrade.

Apenas 10% dos casos são hereditários

O mastologista também lembra que apenas 10% dos cânceres estão ligados à predisposição genética hereditária, enquanto os outros 90% estão relacionados ao envelhecimento e ao estilo de vida. “Por isso, independentemente de genética, manter hábitos saudáveis, controlar o peso e realizar check-ups periódicos é essencial para todas as mulheres.”

Fonte: Portal Terra
Compartilhar
Publicidade

Conheça nossos produtos

Seu Terra












Publicidade