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USP e UFV desenvolvem sensor de baixo custo capaz de medir agrotóxicos na 'pele' de alimentos

Equipamento, feito a partir de acetato de celulose, é alternativa a métodos tradicionais, que exigem preparo e equipamentos de alto custo

13 jun 2024 - 05h00
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Pesquisadores desenvolvem método de medição de agrotóxicos de baixo custo e pouco impacto ambiental
Pesquisadores desenvolvem método de medição de agrotóxicos de baixo custo e pouco impacto ambiental
Foto: Divulgação/Paulo Augusto Raymundo Pereira

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Federal de Viçosa (UFV) desenvolveram uma tecnologia, feita com materiais de baixo impacto ambiental, que promete monitorar a quantidade de agrotóxicos presentes em uma verdura, fruta ou legume diretamente da casca do alimento

O sensor sustentável é produzido a partir de acetato de celulose, extraído da polpa de madeira. De acordo com a Agência Fapesp, o objetivo é garantir a segurança dos alimentos em um mundo cada vez mais atingido pela escassez de comida e problemas ambientais e de saúde causados pelos agrotóxicos

Os resultados do desenvolvimento foram publicados na revista científica Biomaterials Advances. Pesquisadores descreveram que a técnica é uma alternativa aos métodos tradicionais de medição de agrotóxicos em alimentos que, embora eficientes, apresentam desvantagens. Entre elas, a publicação cita a preparação de amostras, uso de equipamentos de alto custo e o longo tempo de análise. 

Por sua vez, o novo equipamento, além de usar materiais de baixo custo, permite a detecção rápida de substâncias nocivas, é compacto, pode ser produzido em larga escala, além de permitir praticidade e conveniência ao usuário, explica o pesquisador do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP, Paulo Augusto Raymundo Pereira. 

Para atestar a eficácia do equipamento, os pesquisadores usaram, em laboratório, uma solução composta pelos agrotóxicos carbendazim e paraquete -- este banido pela União Europeia, em 2003, por seus efeitos nocivos para humanos, mas ainda em uso no Brasil -- pulverizados sobre folhas de alface e peles de tomate.  

Os resultados mostraram que o sensor de baixo impacto tem a mesma eficácia de um equipamento feito de tereftalato de polietileno (PET), matéria-prima mais comumente utilizada. 

Raymundo Pereira ressalta, ainda, que o acetato de celulose se desintegra completamente em 340 dias, ao contrário de outros métodos de medição de agrotóxicos: "Materiais tradicionais ambientalmente insustentáveis e que necessitam de muito tempo para se degradar, como os cerâmicos ou polímeros plásticos derivados do petróleo”.

Quanto tempo demora para esses materiais se decomporem na natureza? Quanto tempo demora para esses materiais se decomporem na natureza?

Fonte: Redação Terra
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