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Produção de mel no Rio Grande do Sul fica ameaçada após enchentes

Setor ainda estava se recuperando das chuvas de 2023

16 mai 2024 - 22h49
(atualizado às 23h23)
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Rio Grande do Sul representa 15% da produção de mel do Brasil
Rio Grande do Sul representa 15% da produção de mel do Brasil
Foto: Reprodução/Facebook/Associação Gaúcha de Apicultores

As inundações devem causar uma mudança significativa na fauna do Rio Grande do Sul. As abelhas, por exemplo, tiveram muitas de suas colmeias destruídas pela chuva e estão entre as espécies que levarão anos para voltar ao “normal”, segundo o Globo Rural.

Com 9 mil toneladas produzidas em 2022, o Estado corresponde a 15% da produção de mel do Brasil, segundo dados do IBGE. Além do número expressivo na produção total do alimento, a região tem 37 mil das 100 mil propriedades que se dedicam à apicultura no País.

Ao Globo Rural, Patric Luderitz, vice-presidente da Federação Apícola e de Meliponicultura do Rio Grande do Sul, colocou a situação do setor como “catastrófica”. Junto aos problemas das cheias de maio deste ano, as abelhas ainda sofrem com os danos causados pelas enchentes de 2023. 

Na ocasião, 10% da população de abelhas se perdeu, de acordo com Luderitz. Ele também explicou que levará pelo menos dois anos para a apicultura do Rio Grande do Sul se recuperar, “dependendo do clima e dos recursos” que tiverem para investir no setor.

Pelo lado financeiro, o dano também é bastante impactante. Estima-se que o valor da produção brasileira de mel chegue a R$ 1 bilhão.

Outro ponto preocupante para os apicultores é a chegada do inverno. Sem alimentação necessária, as abelhas enfrentarão a estação fragilizadas, o que pode resultar em mais perdas.

Abner Furtado, presidente da Associação Gaúcha de Apicultores, contou ao Globo Rural que os trabalhadores já estão “considerando que não haverá produção neste ano”.

Situação no Rio Grande do Sul

Até as 18h desta quinta-feira, 16, foram registrados 151 óbitos por conta da tragédia no RS. No total, 461 municípios foram impactados, afetando mais de 2.281.830 pessoas. 

Em abrigos, há 77.199 pessoas. Já desalojadas, são 540.192. Há 806 pessoas feridas, e 104 desaparecidas.

Fonte: Redação Terra
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