Por décadas, os ratos devastaram estas ilhas do Pacífico; agora, estamos descobrindo o que acontece quando eles vão embora
Bikar e Jemo são exemplos do poder devastador das pragas. Agora, mostram o caminho a seguir
Abra o Google Earth, digite "Bikar Atoll" ou "Jemo Island" e deixe que o buscador o leve até esses pontos remotos perdidos no meio do Pacífico. O que você vê? Praias de águas turquesas e areia branquíssima, árvores frondosas, natureza em estado puro. O típico lugar que promete o paraíso na Terra e para onde qualquer um gostaria de viajar por uma semaninha.
O problema é que, até pouco tempo atrás, ambas as ilhas tinham um problema: estavam infestadas de ratos que haviam virado seu ecossistema de cabeça para baixo. Mas isso mudou.
As Ilhas Marshall, no Pacífico, são uma república insular situada na região da Micronésia, famosa por suas paisagens paradisíacas e praias de sonho. Entre seu rosário de ilhas, há duas em particular que, nos últimos meses, chamaram a atenção dos ecologistas: o atol de Bikar e a ilha Jemo, ambas incluídas na cadeia insular Ratak.
O motivo? Após um intenso trabalho de conservação e uma campanha que remonta a 2024, as duas ilhas viram sua fauna e vegetação se recuperarem aos poucos. Os ecologistas explicam que encontraram uma colônia de centenas de aves Onychoprion fuscatus (trinta-réis-das-rocas) com filhotes em uma área onde, até não muito tempo atrás, não havia um único exemplar. Isso sem contar os milhares de brotos que começaram a despontar em um solo antes infértil.
Um clandestino incômodo (e voraz)
Essa mudança não tem nada de misteriosa. Explica-se por uma campanha lançada no ano passado que colocou o foco no grande problema que estava devastando ...
Matérias relacionadas
Adeus ao litoral? Estudo alerta que metade das praias do mundo pode desaparecer até 2100