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Sabesp lança esgoto sem tratamento no Rio Tietê para esvaziar tubulação: 'Única alternativa viável'

Companhia admite que, para realizar o diagnóstico e reparo da rede subterrânea, foi preciso direcionar o fluxo de esgoto

27 jun 2025 - 23h41
(atualizado em 28/6/2025 às 10h20)
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A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) despejou esgoto sem tratamento diretamente no Rio Tietê, na zona norte de São Paulo. Imagens exibidas pela TV Globo nesta sexta-feira, 27, mostram um líquido escuro e com forte odor sendo despejado entre as pistas local e central da Marginal, no sentido Castelo Branco, em frente à Avenida Engenheiro Caetano Álvares.

Ao Estadão, a Sabesp disse que foi "preciso realizar uma manobra emergencial para esvaziar a rede no trecho em obras da marginal Tietê", com o objetivo de identificar o que originou a cratera na via.

A medida, diz a companhia, "foi necessária para garantir que técnicos da empresa consigam entrar na infraestrutura que fica a 18 metros de profundidade, com total segurança".

Também em nota ao Estadão, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) disse que foi comunicada pela Sabesp sobre a necessidade de execução de obras emergenciais no interceptor afetado pelo afundamento ocorrido na Marginal Tietê. "Nesta sexta-feira (27/06), durante vistoria técnica no Córrego do Mandaqui, foi identificado lançamento de esgoto na região. A Cetesb notificará a Sabesp para prestar esclarecimentos e adotará as medidas legais cabíveis."

Em abril, uma cratera abriu na Marginal Tietê provocando o afundamento da pista. O asfalto cedeu 400 metros antes da Ponte Atílio Fontana, ocupando toda a pista e bloqueando a saída para a Rodovia dos Bandeirantes. Na ocasião, a companhia informou que trabalhava para reparar a tampa do poço de visita, que está a oito metros de profundidade, e é um ponto de acesso utilizado para inspeções e limpeza da tubulação.

Depois das obras de reparo, a cratera reabriu. Segundo a empresa, a sobrecarga nas redes de esgoto, provocada pelas fortes chuvas que atingiram a zona norte da capital, causou um novo dano ao sistema de esgotamento, o que resultou na reabertura da cratera. O atraso nas obras de reparo, de acordo com a Sabesp ocorreu devido a uma movimentação no solo no local onde se abriu o buraco.

Ainda de acordo com a reportagem da TV Globo exibida nesta sexta-feira, 27, o interceptor, com mais de três metros de diâmetro, carrega o esgoto de bairros da zona norte, como Vila Maria, Santana, Mandaqui, Tremembé, Freguesia do Ó e Brasilândia, e o leva até a estação de tratamento em Barueri.

Com o colapso da estrutura, o fluxo foi interrompido. A solução adotada pela Sabesp foi bombear os dejetos sem nenhum tipo de tratamento até o Córrego Mandaqui, que deságua a poucos metros no Rio Tietê.

Estadão
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