Depois de mais de 200 anos em extinção, espécie de araras ressurge no Rio de Janeiro
Três fêmeas e um macho da espécie chegaram ao Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro, após terem sido salvos em uma operação de apreensão de posse ilegal de fauna
Depois de 200 anos em extinção no Rio de Janeiro, as araras-canindé - também conhecidas como araras-azul - voltaram a aparecer. Entenda o que aconteceu:
Araras ressurgiram no Rio de Janeiro
Três fêmeas e um macho da espécie chegaram ao Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro, após terem sido salvos em uma operação de apreensão de posse ilegal de fauna, feita em Aparecida (SP). Dessa forma, após terem feito diversos exames, estão se adaptando ao viveiro construído especialmente para eles. Porém, não ficarão lá por muito tempo, já que, daqui a cinco meses, o projeto de restauração ecológica, Refauna, e o ICMBio pretendem soltá-los na natureza. Dessa forma, serão os primeiros animais a viverem livremente no local depois de 200 anos.
Enquanto isso, os visitantes não podem interagir com as araras e muito menos oferecer alimentos, pois isso prejudicaria a autonomia delas. Então os especialistas estão as alimentando com frutos nativos da floresta da Tijuca e construindo ninhos artificiais para contribuir para a adaptação. "Estamos tentando conseguir mais machos, e, assim, formar mais casais. Temos sete potenciais araras que vão passar, agora, pela fase dos exames de sangue, e aí, vamos ter uma ideia de quantas poderão vir", contou o diretor do Refauna, Marcelo Rheingantz, ao jornal 'Folha de São Paulo'.
A importância das araras
Além da volta da espécie, as araras-canindé também possuem um papel importante para o meio ambiente. Isso porque espalham sementes de árvores nativas da Mata Atlântica, já que voam por grandes distâncias. Sendo assim, após a soltura, os pesquisadores usarão radiotransmissores e marcações individuais para monitorar sua localização.