Grande Barreira de Corais da Austrália sofre processo de deterioração em massa
Conhecida como 'a maior estrutura viva na Terra', a área reúne uma ampla variedade de biodiversidade em cerca de 2.300 quilômetros
-1jy7orqt0u4hi.png "Redação Terra"){kind=small}
A Grande Barreira de Corais da Austrália sofreu processo de deterioração em massa devido às mudanças climáticas e temperaturas elevadas, segundo informações das autoridades locais.
A Grande Barreira de Corais da Austrália está sofrendo um processo de deterioração em massa, segundo comunicado das autoridades do país divulgado nesta sexta-feira, 8, à AFP. A condição, que resulta na perda de cor dos recifes, é provocada pelas mudanças climáticas e temperaturas elevadas.
Conhecida como 'a maior estrutura viva na Terra', a Grande Barreira reúne uma ampla variedade de biodiversidade em cerca de 2.300 quilômetros. A beleza dos corais atraem milhares de turistas de todo o mundo.
-urgug0yt4g9w.png)
Diante da gravidade do cenário, a ministra do Meio Ambiente, Tanya Plibersek, falou sobre os impactos causados pelas mudanças climáticas. "Precisamos agir contra a mudança climática. Precisamos proteger nossos locais especiais, as plantas e os animais que vivem neles", disse.
Segundo a autoridade, este é o sétimo processo de branqueamento massivo que atinge os corais desde 1998 e o quinto desde 2016. A deterioração acontece quando as temperaturas das águas ficam 1º C acima da média. Com a mudança brusca, os corais expulsam as algas que vivem em seus tecidos, o que leva a perda da pigmentação de suas cores.
A gravidade dos danos e da deterioração foi confirmada por cientistas do governo que analisaram 300 recifes próximos à superfície.
Ainda de acordo com a AFP, o professor Terry Hughes, que é especialista em corais da Austrália, afirmou que os processos de branqueamento acontecem em uma alta escala e isso impossibilita uma recuperação rápida dos corais. Ou seja, os corais podem até crescer rápido, mas são altamente sensíveis ao calor extremo e menos tolerante ao processo repetitivo.
"O recife não é mais capaz de retornar à mistura de espécies de corais e de tamanhos de corais que tinha há 20 anos", pontuou.
