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Joinville tem estação de água fechada após vazamento de produto químico em rio; prefeitura retoma abastecimento

Locais mais próximos de reservatórios terão o abastecimento restabelecido ainda nesta terça e os mais distantes no decorrer de quarta-feira

30 jan 2024 - 14h05
(atualizado às 16h31)
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Caminhão carregado com ácido sulfônico ONU 2586 colidiu no barranco da curva do Mirante, ocasionando o derramamento do produto químico
Caminhão carregado com ácido sulfônico ONU 2586 colidiu no barranco da curva do Mirante, ocasionando o derramamento do produto químico
Foto: Divulgação/Governo de SC

Um caminhão carregado com ácido sulfônico ONU 2586 colidiu no barranco da curva do Mirante, na SC-418, na Serra Dona Francisca, em Joinville (SC), ocasionando o derramamento do produto químico sobre a pista na manhã desta segunda-feira, 29. A substância escorreu e chegou até o Rio Seco, que deságua no Rio Cubatão, formando uma espuma branca.

A prefeitura da cidade decretou situação de emergência após o ocorrido e a Estação de Tratamento de Água (ETA) chegou a fechar preventivamente a captação, que é responsável por aproximadamente 75% da água tratada na cidade.

Na manhã desta terça-feira, 30, a administração municipal informou que o abastecimento de água começou a ser restabelecido. "Após a realização de análise da água tratada, considerada potável e dentro dos parâmetros recomendados para consumo, ela passou a ser enviada para os reservatórios, que estavam vazios desde a tarde de ontem", destacou a prefeitura por meio de nota.

A previsão é que os locais mais próximos dos reservatórios tenham o abastecimento restabelecido ainda nesta terça. Enquanto os locais mais afastados ou em regiões mais altas, terão o abastecimento normalizado no decorrer de quarta-feira, 31.

"Por isso, é importante manter o consumo consciente, utilizando água apenas para as rotinas essenciais, evitando lavar roupas, calçadas ou veículos. Cabe destacar que, inicialmente, a água que estava parada dentro da tubulação pode apresentar cor ou odor alterados, mas que isso não a torna imprópria para o uso e não tem nenhuma relação com o produto derramado no Rio Cubatão", acrescentou o município.

Gabinete de crise e órgãos ambientais

De acordo com o governo estadual, o ácido sulfônico 90% é um tensoativo aniônico amplamente aplicado para fabricação de detergentes líquidos, pós e pastosos, desengraxantes, multiuso, limpa alumínio e limpadores em geral. A substância costuma ser o principal ingrediente ativo da formulação.

A Prefeitura de Joinville e a Companhia Águas instalaram um Gabinete de Crise para acompanhar a situação envolvendo o vazamento do produto químico na Área de Proteção Ambiental (APA) Serra Dona Francisca. 

A situação de emergência decretada pela administração municipal foi reconhecida pelo Governo Federal. A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, publicou a Portaria 410 na noite desta segunda, em Edição Extra do Diário Oficial da União. 

A prefeitura anunciou situação de emergência ainda durante a manhã de segunda, após a montagem do Gabinete de Crise. Na sequência, foi elaborado o relatório técnico pela equipe da Defesa Civil, com apoio da Companhia Águas de Joinville.

A Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), através do Comando de Polícia Militar Rodoviária e do Comando de Policia Militar Ambiental, o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) e outros órgãos ambientais locais também acompanham a ocorrência. 

A Prefeitura de Joinville, por meio do Hospital Municipal São José, informou que o motorista do caminhão está em observação em estado estável. O homem de 59 anos teve ferimentos pelo corpo e está consciente. Ainda não há previsão de alta. Segundo a Polícia Militar, ele relatou que o acidente aconteceu por falta de freios no veículo.

Em nota, a Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Divisão de Crimes contra o Meio Ambiente, da DIC de Joinville, informa que instaurou inquérito policial para apurar causas e responsabilidades envolvendo o tombamento do caminhão.

De acordo com a delegada Tânia Harada, responsável pela investigação, o local já foi periciado e a empresa responsável pelo transporte já está identificada. A delegada informou ainda que será pedida uma perícia no caminhão e o DNIT será oficiado para verificar eventual irregularidade no transporte da carga.

Fonte: Redação Terra
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