Japoneses colonizaram a Amazônia e os efeitos já são sentidos na floresta
Região de Tomé-Açú, no Pará, se tornou referência mundial na agricultura graças às práticas agrícolas ancestrais da comunidade japonesa
A Amazônia é considerada uma das maiores florestas do mundo, com uma área de aproximadamente 7 milhões de quilômetros quadrados que envolve 9 países, sendo o Brasil o que abriga a maior parte dessa área. Com um território tão gigantesco, também não faltam povos e culturas diferentes vivendo ali. No interior do Pará, em Tomé-Açu, existe uma comunidade formada por imigrantes japoneses e seus descendentes que ajudaram a transformar a região em referência mundial na agricultura. O que começou como um projeto de imigração nos anos 1920 enfrentou crises e até fome, mas acabou se reinventando com base no aprendizado da floresta e dos ribeirinhos. Hoje, Tomé-Açu guarda tradições nipônicas e também é reconhecida por práticas agrícolas sustentáveis.
A chegada dos japoneses no Brasil e na Amazônia
Brasil e Japão são países completamente diferentes entre si. Separados por mais de 18 mil quilômetros,os dois países apresentam uma cultura completamente diferente uma da outra. Ainda assim, após a abolição da escravatura em 1888, os dois governos firmaram um acordo para incentivar a imigração japonesa: o Brasil precisava de mão de obra agrícola, enquanto o Japão enfrentava pobreza no campo.
A primeira leva chegou no Brasil em 1908, concentrando-se principalmente em São Paulo. Mas, em 1929, o governador do Pará, Dionísio Bentes, decidiu atrair parte desse fluxo para a Amazônia, oferecendo 600 mil hectares de floresta em Tomé-Açu e outros lotes menores em municípios vizinhos, como...
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