Tensão no Caribe: Marinha do Brasil reage enquanto navios de guerra dos EUA cercam a Venezuela
Movimentação militar dos Estados Unidos aumenta a pressão sobre a Venezuela, enquanto o Brasil acelera a compra do HMS Bulwark e reforça a vigilância estratégica.
HMS Bulwark e os planos da Marinha brasileira
O governo brasileiro segue avançando na proposta de adquirir o HMS Bulwark, navio anfíbio da Marinha Real Britânica. O protocolo de intenções foi assinado em abril e a expectativa é que o contrato seja formalizado em setembro de 2025.
A embarcação, com 170 metros de comprimento, será fundamental em missões que vão desde operações humanitárias até defesa da Amazônia Azul. O navio tem capacidade para transportar tropas, veículos e suprimentos, além de acomodar cerca de 710 militares e 290 tripulantes.
Ainda neste ano, está previsto o envio de 48 militares brasileiros ao Reino Unido para treinamento e acompanhamento do processo de revitalização, antes da chegada do navio ao Brasil em 2026.
Mobilização naval dos EUA no Caribe
A movimentação militar dos Estados Unidos na região do Caribe tem chamado atenção. Três destróieres equipados com tecnologia Aegis — USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson — já foram deslocados em direção à costa venezuelana.
Além disso, a presença de um submarino nuclear de ataque e de outras embarcações reforça o poderio norte-americano no entorno. Apesar de permanecerem em águas internacionais, o avanço para mais próximo do litoral eleva o clima de tensão.
Oficialmente, a operação é apresentada como parte de uma estratégia de combate a cartéis de drogas que atuam no corredor marítimo da região.
Reação do Brasil: vigilância e postura cautelosa
Em Brasília, a postura é de monitoramento estratégico. Desde o dia 19 de agosto de 2025, as Forças Armadas acompanham os deslocamentos da frota americana e seus possíveis reflexos sobre a região.
Uma das preocupações é o impacto migratório em estados fronteiriços, como Roraima, caso a instabilidade política e militar no país vizinho se agrave.
Até o momento, não há declarações públicas contundentes sobre o episódio. A estratégia brasileira é manter uma posição de cautela, reforçando a soberania nacional e evitando qualquer escalada de conflito.