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Mazepin é alertado por comportamento antidesportivo na F1

Nikita Mazepin, da Haas, recebeu bandeira preta e branca no GP da Rússia por atitude antidesportiva. Piloto tem histórico polêmico

28 set 2021 - 22h12
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Nikita Mazepin no GP da Rússia.
Nikita Mazepin no GP da Rússia.
Foto: Haas / Divulgação

Nikita Mazepin, da Haas, é o piloto mais controverso do grid atual da Fórmula 1. Apesar da carreira ainda curta, o histórico de incidentes e problemas já é longo. Em seu primeiro ano na categoria, o russo já recebeu diversas punições por atitudes controversas. 

A mais recente aconteceu na corrida do último domingo (26), na Rússia, quando Mazepin bloqueou deliberdamente o AlphaTauri de Yuki Tsunoda, que vinha muito mais rápido com o DRS aberto. Em razão disso, o russo recebeu uma bandeira preta e branca. 

Essa bandeira ficou fora de uso na categoria por vários anos, mas voltou a ser adotada em 2019. Ela é apresentada a um piloto que tem uma atitude considerada antidesportiva, e não representa uma punição, mas um aviso. Em um paralelo com o futebol, pode ser comparada a um cartão amarelo. 

Sobre o recente incidente com Tsunoda na Rússia, o diretor de prova da FIA, Michael Masi, falou à Autosport: “É uma daquelas coisas que já dissemos algumas vezes que mostraríamos bandeira preta e branca, uma conduta antidesportiva e algo que não vamos tolerar”. 

A maior “vítima” de Mazepin é seu companheiro Mick Schumacher, com que já teve vários entreveros. O último foi no GP da Itália, quando Nikita bateu em seu colega – e recebeu uma penalização de 5 segundos e 1 ponto em sua superlicença por isso. 

E era reincidente: antes disso, ele já havia recebido a mesma punição por ignorar bandeiras azuis e atrapalhar Sérgio Perez em Porttugal, perdeu três posições no grid e mais 1 ponto na licença por bloquear Lando Norris na Espanha e perdeu 10 segundos e 3 pontos na carteira por ignorar bandeiras amarelas na Áustria. 

À parte as atitudes punidas, houve aquelas que não foram consideradas fora das regras mas que irritaram pilotos rivais, como as fechadas em Mick Schumacher no Azerbaijão e na Holanda e a ultrapassagem em Antonio Giovinazzi na classificação em Ímola. 

Masi explicou que as investigações e punições são feitas sem julgar quem é o piloto. “ Nós analisamos e investigamos cada incidente por seus motivos. Se for necessário uma investigação, obviamente os comissários vão investigar, e o fazem baseados nas evidências que veem, e então aplicam a punição, se julgarem necessário”. 

Questionado se o modo agressivo de pilotagem de Mazepin o preocupa de alguma forma, Masi desconversou: “Julgamos os incidentes baseados no que ocorre. O estilo de pilotagem de alguém em particular? Eu diria que temos 20 estilos de pilotagem diferentes na pista”. 

Com um 14º lugar no Azerbaijão como melhor resultado na temporada, Mazepin é o 21º no campeonato de pilotos entre os 20 participantes regulares. Isso porque Robert Kubica, que fez apenas duas corridas no ano, conseguiu um resultado melhor. Mesmo assim, a Haas já confirmou a renovação do contrato do piloto para 2022. Vale lembrar que uma empresa ligada a seu pai é a principal patrocinadora da equipe. 

Restam 7 corridas para o final da emocioante temporada 2021 da Fórmula 1. A categoria volta às atividades no GP da Turquia, que acontece entre os dias 8 e 10 de outubro.

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