GP de Hungria: chuva de críticas para a estratégia da Ferrari
Mais uma vez, a Ferrari deixa a desejar na estratégia, perde o GP da Hungria e cada vez mais a chance de lutar pelo campeonato.
Vendo o grid de largada do GP da Hungria, com Verstappen em 10º e Leclerc em 2º, talvez você dissesse que seria muito difícil a vida para a Red Bull, correto? Pois bem, Verstappen venceu (mesmo rodando) e Leclerc ficou em um 6º lugar...
O que chamou a atenção foi o desempenho da Ferrari. O carro rendeu bem até a metade da prova, mas as coisas desandaram de um jeito incrível. A temperatura caiu muito, com ameaça de chuva e a situação ficou muito difícil para poder usar jogos mais duros.
Mas não havia muito o que fazer: não havia jogos de médios mais novos. E os duros simplesmente não funcionaram direito. A Alpine havia feito a troca um pouco antes e mostrou que simplesmente não estavam funcionando.
A esperança da Ferrari era que a situação mudasse. A equipe de estratégia comandada por Inaki Rueda, espanhol que está no time desde o fim de 2014, achou que valeria insistir no planejado, já que a F1-75 é um carro bem mais superior do que a Alpine. E assim foi com Leclerc calçando os duros.
Da forma mais dura, a Ferrari viu que o mau funcionamento dos duros também lhe afetava. Com isso, Leclerc foi afundando como uma rocha, sendo simplesmente jantado por Verstappen e pelas Mercedes. Enquanto isso, Sainz vinha sendo seguro na pista na ameaça de chuva e ir tendo seu ritmo limitado pelo desgaste dos pneus.
Não bastando isso, a Ferrari resolveu botar pneus macios para Sainz. De certa forma, foi uma tentativa de correção com o erro de Leclerc. Já que a troca obrigatória de compostos não havia sido feita e o composto duro não funcionava, teve que ser o macio. E para tentar salvar algo, chamou Leclerc para os macios, pensando talvez em uma escalada rápida. Mas não funcionou.
A Ferrari deu um salto tremendo este ano. Mas é preciso sim ainda ter a ousadia de mudar e formar a tal “mentalidade vencedora” que Mattia Binotto tanto fala em suas entrevistas. E não é de hoje que a área de estratégias tem errado mais do que acertado. Algumas cabeças mudaram, mas ainda fica muito atrás das concorrentes.
Já passou da hora de acordar. E a estratégia precisa ser muito revisada.