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FIA nega que “zebra-salsicha” de Monza seja problema na F1

Carro de Max Verstappen decolou após subir na “zebra-salsicha”. Michael Masi culpa o piloto e diz que o obstáculo cumpriu seu papel

15 set 2021 - 06h00
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Verstappen e Hamilton colidem.
Verstappen e Hamilton colidem.
Foto: F1 / Twitter

O polêmico acidente entre Max Verstappen e Lewis Hamilton na 26ª volta do Grande Prêmio da Itália segue dando o que falar. Os postulantes ao título da Fórmula 1 dividiram a primeira chicane do autódromo de Monza, com Hamilton ligeiramente à frente. Verstappen ficou sem espaço para fazer a segunda perna da chicane, mas tentou colocar o carro por dentro. Ao tocar na parte mais alta da zebra, apelidada de “salsicha”, seu Red Bull saiu do chão e foi parar em cima do Mercedes de Hamilton. 

Muito se falou sobre a importância do halo, o dispositivo que impediu o pneu do carro de Verstappen de atingir a cabeça de Hamilton, o que poderia dar contornos muito mais graves ao acidente. Agora, o assunto é a de zebra alta de Monza, que serviu de plataforma de lançamento para o Red Bull. 

A parte alta da zebra costuma ser posicionada logo após a zebra baixa comum e tem o intuito de evitar que os pilotos cortem caminho em uma chicane. Para Micheal Masi, diretor de provas da Fórmula 1, o obstáculo cumpre seu papel e não é problema. “Eu acho que as zebras-salsicha funcionam muito bem naquela curva”, disse à Autosport. 

Para evitar colocar seus carros sobre esses obstáculos, os pilotos optam por abortar a curva e fazer um caminho maior quando se veem sem espaço. Foi o que Hamilton fez em disputa contra o próprio Verstappen ainda na primeira volta. Para Masi, o incidente polêmico envolvendo ambos na volta 26 foi responsabilidade do piloto da Red Bull. 

“Foi uma escolha do piloto. Você pode ir para cima da zebra ou ir pela esquerda, o que vimos acontecer várias vezes ao longo do fim de semana”, afirmou o diretor, que fez questão de destacar que outros pilotos fizeram diferente de Verstappen. “Inúmeros pilotos em situações similares escolheram ir para a esquerda, por aqueles pequenos ressaltos, e volta à pista mais à frente”. 

Masi também explicou o porquê da penalização diferente para Hamilton em Silverstone e Verstappen em Monza, e o motivo é simples: na Inglaterra, Lewis continuou na corrida, por isso pôde cumprir 10 segundos na mesma prova. Como Verstappen saiu, a punição teve que ser jogada para a etapa seguinte em forma de perda de três posições no grid de largada. 

“Não dá para comparar os dois casos. Temos os dois carros abandonando contra um só tirado após o acidente. Ele não poderia continuar e cumprir a punição. Conforme foi acordado com todas as equipes, uma penalização em posições do grid é aplicada caso o piloto não continue na prova”, finalizou Masi. 

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