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FIA decide não punir Verstappen por defesa em Interlagos

Após bastante discussão, decisão dos comissários no GP de São Paulo foi mantida: sem investigação necessária para Max Verstappen

19 nov 2021 - 11h20
(atualizado às 14h19)
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Max Verstappen, da Red Bull
Max Verstappen, da Red Bull
Foto: Red Bull Racing / Twitter

A Fórmula 1 já está no Catar, em meio às atividades da 20ª corrida da temporada, mas o Grande Prêmio de São Paulo segue gerando controvérsia. A polêmica diz respeito à aguerrida defesa de posição de Max Verstappen sobre Lewis Hamilton na volta 48, quando o piloto da Mercedes tentou ultrapassar por fora na Curva do Lago, mas Verstappen espalhou, jogando a si e a Hamilton para a área de escape. 

Durante a corrida, a direção de prova avaliou que o incidente não seria investigado, o que gerou revolta de Hamilton. Pelo rádio, o inglês ironizou com um “é claro que não vão investigar”. Na volta 59, Hamilton conseguiu fazer a ultrapassagem depois de algumas tentativas, e venceu a corrida de forma histórica. 

F1 chega ao Qatar: Verstappen e Hamilton entram na decisão:

Mas a polêmica seguiu. Na terça-feira (16), a FIA finalmente divulgou as imagens da câmera onboard do carro de Verstappen, o que, por si só, causou estranheza. Em casos assim, as imagens costumam ser veiculadas ainda durante a transmissão. Após analisar as imagens, Mercedes interpretou que Verstappen retardou a tangência da curva deliberadamente a fim de jogar Hamilton para fora. E pediu que a FIA abrisse investigação novamente. 

A decisão seria divulgada na quinta-feira (18), quando estava agendada uma reunião envolvendo oficiais da FIA, representantes de Mercedes e Red Bull. Mas, assim como havia acontecida na decisão sobre a irregularidade no DRS do carro de Hamilton no Brasil, a resposta foi postergada para o dia seguinte. 

A polêmica espalhada de Verstappen para cima de Hamilton
A polêmica espalhada de Verstappen para cima de Hamilton
Foto: F1 / Twitter

Apenas nessa sexta-feira (19), já após o primeiro treino livre, o veredicto saiu. Ou melhor, não saiu. A FIA deliberou sobre o assunto e decidiu não reabrir a investigação, mantendo a decisão dos comissários da prova de Interlagos de que o lance foi limpo. 

A argumentação da Mercedes era de que a nova imagem onboard seria uma nova evidência que deveria ser analisada pelos comissários, já que a tomada não estava disponível durante a corrida. Em seu comunicado, a FIA confirmou a “novidade” da evidência, mas rejeitou que ela trouxesse um fato novo a ser analisado.  

“Os comissários frequentemente tomam as decisões de forma rápida e com informações limitadas. No momento da decisão, os comissários entenderam que tinham informações suficientes para tomar a decisão”, atesta o comunicado. “Se eles tivessem entendido que a câmera onboard do carro 33 [Verstappen] era crucial para tomar a decisão, eles teriam colocado o incidente sob investigação para que fosse analisado após a corrida, e dariam a resposta quando a imagem estivesse disponível. Eles não viram necessidade de fazer isso.” 

Provavelmente não foi uma coincidência o fato de o comunicado ter sido emitido justamente no momento em que Toto Wolff e Christian Horner, respectivamente, chefes da Mercedes e da Red Bull, concediam uma entrevista coletiva juntos.  Wolff afirmou que já esperava a decisão no sentido de inocentar Verstappen, mas explicou por que optou pelo pedido de revisão. 

Toto Wolff e Christian Horner dão entrevista no Catar
Toto Wolff e Christian Horner dão entrevista no Catar
Foto: F1 / Divulgação

“[Decisão] completamente esperada. Acho que queríamos trazer uma discussão em torno disso, porque, provavelmente, vai ser um tema a ser tratado nas próximas corridas. Nosso objetivo foi alcançado. Não achávamos realmente que iria além disso”, disse Toto. 

Horner, como não poderia deixar de ser, concordou com a decisão da FIA: “Acho que, obviamente, é a decisão correta, porque isso abriria uma caixa de pandora sobre vários outros incidentes qe aconteceram naquela corrida. Acho que o mais importante agora é focar nesse GP”, afirmou. “Queremos uma disputa boa, limpa e justa, não só aqui [no Catar], mas também em Jedá e Abu Dhabi.” 

Na quinta-feira (18), alguns pilotos se manifestaram. Charles Leclerc afirmou que uma não-punição a Verstappen poderia abrir um precedente perigoso. Ele admitiu que ele próprio e outros pilotos mudariam seus estilos de pilotagem, ficando mais agressivos nas defesas de posição, caso a atitude de Verstappen fosse validade. 

Com a decisão, Verstappen mantém o segundo lugar obtido em Interlagos e não sofrerá nenhuma punição no grid de largada do GP do Catar. A não ser que opte por trocar de motor, mas aí é tema para outra prosa...

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