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F1: As armas de Red Bull e Ferrari para Silverstone

Red Bull e Ferrari chegam para Silverstone em condições diferentes: os taurinos, para manter a liderança. Os italianos, para se redimir

30 jun 2022 - 14h21
(atualizado às 14h38)
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Verstappen e Leclerc lado a lado em Imola. Mais uma disputa quente...
Verstappen e Leclerc lado a lado em Imola. Mais uma disputa quente...
Foto: Red Bull Content Pool

A F1 chega à Silverstone neste próximo domingo com muita expectativa sobre o que pode acontecer. E mais uma vez Red Bull e Ferrari chegam com força para tentar se impor. Os italianos estão pressionados para recuperar terreno e manter vivas as chances de campeonato de Leclerc. Os taurinos chegam mais tranquilos, mas não com menos peso.

Embora Silverstone tenha perdido parte de seu caráter de alta velocidade ao longo dos anos, a sua 3ª Geração ainda mantém um trecho “raiz” que vai da Copse (curva onde Verstappen e Hamilton bateram em 2021) até a Stowe. Justamente aí exige que o carro tenha um bom comportamento aerodinâmico e mecânico, já que nesta parte os pilotos vão praticamente em aceleração máxima.

A Ferrari promete trazer para seus dois pilotos a asas com menos carga aerodinâmica que somente Leclerc teve acesso no Canadá (e fez falta para Sainz). Além disso, traz modificações nos retrovisores, uma área que ganhou importância no novo regulamento para poder ajudar direcionar o ar para a parte traseira do carro, de modo a potencializar o efeito do assoalho na geração de apoio aerodinâmico.

Além disso, os italianos prometeram para esta prova a introdução de ligeiras modificações no assoalho e nas laterais para tentar lidar um pouco com a questão aerodinâmica, principalmente com o porpoising, que aflige ainda o F1-75. Na parte mecânica, em princípio, não haverá mudanças (a maior deverá vir no sistema elétrico na Hungria).

Não se sabe muito bem o que virá da Red Bull. Christian Horner falou que a equipe não deverá trazer grandes novidades (o que nao se deve acreditar muito, já que está perto de casa. Provavelmente deve vir com mudanças nas laterais e na cobertura do motor) mas deve vir com muitas peças revisadas em relação a peso. A Red Bull é uma das que gritaram para o aumento do peso mínimo no início do ano e iniciaram um processo grande de emagrecimento. 4 kg já haviam sido liberados em Imola e agora espera-se que os taurinos tragam revisões em partes que deixarão o RB18 mais leve em cerca de 5kg.

Uma destas partes também inclui o mecanismo de DRS, que apresentou problemas na Espanha e exigiu uma revisão por parte da equipe para que tudo funcionasse a contento. Lembrando que a Red Bull já teve problemas com os aerofólios traseiros no ano passado, incluindo o DRS...

Esta redução de peso pode dar cerca de 2 a 3 décimos aos taurinos. Verstappen instalou sua segunda unidade de potência em Baku e conta com ainda uma boa forma. Leclerc tem a versão instalada no Canadá e, segundo Claudio Lombardi, ex-responsável pelos motores da Ferrari, deve ter um pouco mais de potência disponível para esta prova (ainda não toda).

Mais uma vez, uma disputa bem apertada entre as duas ponteiras do campeonato. Diante do quadro, a Red Bull surge mais bem posicionada para esta prova. O RB18 tem um forte desempenho aerodinâmico e justamente este trecho mais “original” de Silverstone pode fazer a diferença em um cenário onde qualquer detalhe pode jogar a favor.

Um fator que deve ser visto são os pneus. A Pirelli escolheu para Silverstone a sua gama mais dura. É uma pista que não tem um asfalto tão abrasivo, mas suas curvas acabam levando muitas forças sobre a estrutura. Já vimos problemas neste aspecto aqui, especialmente em 2013 e em 2020, com Hamilton chegando em três rodas.

O certo é que será mais uma grande prova em um dos templos do esporte a motor mundial. Verstappen tem o momento a seu favor. Leclerc tem a pressão. Um quadro bem interessante a se ver.

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