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Calor: o principal inimigo das equipes no GP da França de F1

As altas temperaturas na Europa terão papel importante para as estratégias do GP da França. Pneus, motores e aerodinâmica são bem testados

22 jul 2022 - 07h45
(atualizado às 08h35)
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Visão aérea de Paul Ricard. O calor terá papel importante no GP da França
Visão aérea de Paul Ricard. O calor terá papel importante no GP da França
Foto: Circuit Paul Ricard / Divulgação

A onda de calor que atinge a Europa dará o ar da graça para o GP da França. Segundo as previsões, a média para os 3 dias de atividade é de 32ºC. E mesmo com o recapeamento feito no ano passado, a expectativa é que a temperatura do asfalto possa chegar a 60ºC...

Temperaturas altas como estas acabam deixando as equipes em polvorosa para achar o acerto certo para os carros. Pois não bastam só pensar em pneus. Também há um equilibrio complicado para a aerodinâmica e motores...vamos entender isso.

Motores

Os motores sofrem principalmente por conta da refrigeração. A troca de calor fica prejudicada e as peças têm que trabalhar em um limite maior. Isso tudo acaba gerando menos potência, até porque, quanto mais quente, o ar fica menos denso. Menor densidade, menos oxigênio e a mistura ar/combustível fica mais rica. Aí, aumenta o consumo....

Para isso, os times acabam dedicando atenção às aberturas na carroceria para poder aumentar a capacidade do ar chegar aos radiadores.  Deveremos ver as equipes com mais espaços voltados para os radiadores e minimizar o risco de superaquecimento.

Aerodinâmica

Esta aqui se lasca muito. Paul Ricardo é uma pista de média/alta velocidade. As equipes acabam partindo inicialmente para aerofólios de carga média, de modo a ganhar velocidade nas retas sem prejudicar as curvas. Só que justamente a temperatura mais alta afeta isso. Justamente por conta do ar menos denso, gera menos pressão. Então, as equipes consideram usar uma inclinação um pouco maior para poder compensar esta perda. Pode ajudar nas curvas, mas prejudica na reta...

Lembram-se das aberturas para refrigeração? Elas permitem o carro respirar melhor, mas acabam prejudicando os fluxos de ar (por mais que isso seja estudado arduamente nos tuneis de vento). Afinal, o ar quente expelido acaba não sendo tão benéfico para a geração aerodinâmica....

Pneus

O grande ponto chave para a prova. A Pirelli trouxe a gama C2/C3/C4 para Paul Ricard. A fábrica conhece bem, pois boa parte do desenvolvimento dos pneus utilizados este ano foi o circuito francês.

Só que mesmo assim, as altas temperaturas acabam por atrapalhar. Um dos trabalhos que a Pirelli fez para 2022 foi reduzir a faixa de funcionamento dos pneus. Fica mais fácil de alcançar o ponto ideal de uso. Porém, acabam se desgastando mais rápido...

Ano passado, Verstappen venceu com 2 paradas, usando a combinação médio/duro/médio. Hamilton apostou em uma única parada, largando com médios e terminando com duros. Não seria surpresa de a fabricante alterasse a pressão inicialmente estabelecida para aumentar um pouco mais a vida útil dos pneus.

Mesmo assim, com uma temperatura maior e carros mais pesados, o desgaste acaba sendo complicado, mesmo com boa parte da pista recapeada. Diante do quadro, deveremos ver os pilotos procurando poupar muito deus jogos duros e médios para a corrida e usar os jogos mais macios somente nos treinos.

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