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Balanço F1 2022: Williams, ressurreição adiada para 2023

A Williams esperava dar mais um salto de desempenho com o novo regulamento em 2022. Mas não foi o que aconteceu. Pelo menos, até agora...

9 ago 2022 - 17h25
(atualizado às 17h36)
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Alexander Albon no GP da Austria: uma das poucas coisas boas da Williams até aqui
Alexander Albon no GP da Austria: uma das poucas coisas boas da Williams até aqui
Foto: Williams Racing / Divulgação

Nome oficial: Williams Racing

Carro: FW44

Motor: Mercedes-AMG F1 M13 E Performance

Pilotos: #6 Nicholas Latifi e #23 Alex Albon

Posição em 2022: 10º lugar (3 pontos)

Passamos um pouco da metade da temporada, mas vale dar uma relembrada no que aconteceu na F1 2022 até aqui. Para começar, vamos falar da Williams. Se esperava bastante do time de Grove, pois o foco do trabalho por muito tempo era o novo regulamento. A Dorilton Capital, dona da equipe, ia para sua segunda temporada completa no comando do barco e encarava como uma fase importante de todo o processo.

O FW44 foi pensado para ser um carro de meio de grid. O time vinha crescendo de forma consistente, embora os resultados não traduzissem os esforços feitos. Até mesmo por conta das circunstâncias e das regras, a Williams se via atrelada a um projeto de 3 anos atrás. O carro deste ano seria o primeiro desde 2019 realmente do zero.

Um novo projeto também ajudaria a fazer o time andar na mesma direção e integrar os novos membros. O diretor técnico, FX Demaison, veio da VW sob a benção de Jost Capito, CEO e Chefe de Equipe, nos meados do ano passado. Quando chegou, o projeto do FW44 já estava adiantado.

Para esta temporada, a Williams contaria com maior apoio da Mercedes: além da Unidade de Potência, o FW44 usaria toda a parte hidráulica e a caixa de câmbio. E como havíamos dito na nossa Análise Técnica do início do ano (no final do texto), as opções usadas pelo time foram bem ousadas. O time de projeto optou por fazer uma abordagem agressiva nas laterais, quase usando o zeropod da Mercedes, mas aproveitando bem a estrutura de deformação para delimitar a entrada de ar. Chamou a atenção também a escolha de diversos tons escuros de azul para a pintura.

Para pilotar o FW44, a Williams confirmava o canadense Nicholas Latifi pela terceira temporada, contando que sua experiência com o time poderia auxiliar. O piloto #6 acabou sendo o elemento definidor da temporada anterior em Abu Dhabi e gostaria de ser lembrado de outra forma. Para ser seu companheiro, veio Alex Albon, até despertando uma certa surpresa. Muitos esperavam que a Mercedes colocaria Nyck De Vries, então campeão da Fórmula E, no posto. Mas o anglo-tailandês levou o posto, contando com o apoio da Red Bull.

Logo nos primeiros testes, ficou claro que faltou algo mais para o salto esperado. Latifi teve problemas de freio em Barcelona e o carro não gerava toda a pressão aerodinâmica planejada, embora a própria Williams reconhecesse que tinha mantido uma escolha ousada para a configuração, dando preferência para circuitos com menos pressão aerodinâmica.

Latifi na pré-temporada em Barcelona, com o FW44 original: dias difíceis à frente
Latifi na pré-temporada em Barcelona, com o FW44 original: dias difíceis à frente
Foto: Williams Racing / Divulgação

Diante do quadro, a perspectiva da Williams era tentar passar para o Q2 na classificação e usar estratégias “diferentonas” para a corrida para tentar chegar aos pontos. Atualizações viriam, mas demorariam. E acabou dando certo na Australia: mesmo não entendo muito o porquê, Albon conseguiu fazer 56 voltas com o mesmo jogo de pneus e obteve seus primeiros pontos. Miami foi numa circunstância muito semelhante, com o tailandês obtendo mais 2 pontos.

Até a Grã-Bretanha, o time veio com pequenas alterações no carro. A primeira grande alteração veio em Silverstone, mas somente com Albon: o que chamou mais a atenção foi a lateral mais alongada, inspirada na Red Bull, e com entrada de ar com “forte influência” da Ferrari. O carro melhorou, mas ainda falta apoio aerodinâmico em relação aos seus concorrentes. De relevante mesmo, a primeira posição de Nicholas Latifi nos treinos livres do GP da Hungria...

Até aqui, a Williams tem sido um grande rascunho. Embora a equipe reconheça que não há problemas financeiros e que um grande trabalho de bastidores vem sendo feito, ainda é preciso mais para ganhar mais terreno. O carro deve receber mais um pacote de atualização para o fim da temporada, mas as atenções já estão voltadas para o FW45. Até mesmo se aproveitando do acréscimo de tempo para desenvolvimento dado pelo 10º lugar na classificação dos Construtores nesta primeira fase do ano...

Referencias:

Análise Técnica FW44

Guia F1 2022 - Williams

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