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Suzuki Jimny Sierra estreia com motor 1.5 em três versões

Já dirigimos a versão 4 Style, topo de linha, de R$ 122.990. Saiba tudo o que mudou na nova geração e como ele anda

24 out 2019 - 08h00
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O Suzuki Jimny chegou à sua quarta geração.
O Suzuki Jimny chegou à sua quarta geração.
Foto: Divulgação

Depois de 21 anos na terceira geração, o Suzuki Jimny Sierra chega à quarta geração com a verdadeira essência de um SUV compacto. O novo Jimny que ganhou o sobrenome Sierra para ser comercializado no Brasil. 

O modelo inicialmente será importado do Japão. A nomenclatura Sierra é usada somente em terras tupiniquins, pois é o único país que continuará comercializando a 3ª geração do SUV. O que tornou necessário que o Jimny ganhasse mais um nome para diferenciar as gerações.  

O novo Suzuki Jimny Sierra estará disponível para compra a partir da segunda quinzena de novembro e conta com três versões: 4 You Manual (R$ 103.990), 4 You Automático (R$ 111.990) e a topo de linha 4 Style (R$ 122.990). A mecânica é exatamente a mesma para todas as versões, desde o motor até a tração 4x4 com modo 4x2 e 4x4 reduzida. A única diferença está na transmissão. O modelo também conta com o sistema AllGrip Pro, que inclui controle de estabilidade/tração e bloqueio eletrônico de diferencial.

O Suzuki Jimny nunca esteve tão bem esteticamente. Está mais espaçoso, resistente e potente. Ganhou câmbio automático e sistemas que são modernos para um SUV raiz, e o melhor: não perdeu nada do DNA off-road.

Diferente de muitos SUVs que ficam mais requintados a cada geração, o Jimny mantém sua simplicidade, acrescentando somente o que é essencial para melhorar o conforto e a dirigibilidade. Entre os itens mais sofisticados do carro estão a central multimídia JBL e o ar-condicionado digital, este disponível apenas na versão topo de linha. Dentre os sistemas de segurança, o modelo oferece Brake Overide System, controle de estabilidade, assistente de partida em rampa, assistente de descida, isofix e barra de proteção lateral. A versão topo de linha 4 Style conta ainda com piloto automático, brake assist, imobilizador, câmera de ré e acendimento automático dos faróis.

Ele ficou com o mesmo peso, porém ganhou potência.
Ele ficou com o mesmo peso, porém ganhou potência.
Foto: Divulgação

O novo Suzuki Jimny mantém seu estilo, mas tem muita inspiração no Mercedes Classe G. Os dois modelos se parecem, apesar de o Jimny ter buscado elementos em suas gerações anteriores. Os icônicos faróis redondos, por exemplo, já estavam no modelo na primeira geração. A grade dianteira com barras na vertical vem desde a segunda geração. Os retrovisores externos quadrados e as rodas de liga aro 15 foram herdados da terceira geração. A tampa do porta-malas com abertura lateral também faz parte do SUV desde 1970, quando foi lançado, assim como o estepe externo. 

O Suzuki Jimny Sierra não cresceu só no nome, mas também nas dimensões. O modelo tem 3,645 m de comprimento, 2,250 m de entre-eixos, 1,645 m de largura e 1,725 m de altura. As medidas são próximas às do Fiat 500. Internamente, o espaço para os passageiros é bem acertado. Testamos o carro com três pessoas e até o passageiro de trás ficou com espaço suficiente para viajar confortável. Quem vê o carro por fora acha que não há capacidade para um terceiro ocupante, mas há, acredite. 

Entretanto, é preciso fazer uma escolha que pode ser dura para muitos aventureiros, ou você leva seus amigos no banco traseiro ou as malas, os dois não dá. O porta-malas tem apenas 85 litros. Com essa capacidade só é possível encaixar duas mochilas médias e olhe lá. Já com os bancos rebatidos, o cenário muda, o bagageiro ganha 292 litros (totalizando 377 litros).

No porta-malas, cabem apenas 85 litros de bagagem.
No porta-malas, cabem apenas 85 litros de bagagem.
Foto: Divulgação

Mais valente que o Land Rover Defender

É importante lembrar que o Suzuki Jimny ocupa uma categoria que é basicamente um nicho vazio. É difícil compará-lo com outro SUV, justamente por causa das medidas. O objetivo é ser exatamente um carro com espaço suficiente para atender confortavelmente até duas pessoas. Tem quatro lugares para quando precisar levar um ou dois caronas, mas normalmente o espaço traseiro é mais ocupado por bagagens do que por pessoas. 

Os bancos também são novos, estão um pouco maiores e mais cômodos, para melhorar o conforto em viagens longas. Porém, o couro ficou só por conta do volante. Não há opção de assentos em couro, nem mesmo na versão mais cara. A Suzuki justificou a decisão dizendo que isso deixaria o modelo mais caro, o que dificultaria as vendas. Mas, convenhamos, R$ 122.990 não é exatamente barato. 

Os assentos dianteiros podem ser reclinados manualmente até 180º, virando uma cama confortável para quem está acostumado a dormir em barracas durante as aventuras. Para ficar melhor que isso, só se o Jimny tivesse teto solar para adormecer admirando as estrelas. Porém, você pode fazer do limão uma limonada e contemplá-las pelo para-brisa mesmo. 

Outro ponto a ser lembrado, o cluster não tem aquela capela usada basicamente em todos os automóveis, ele é reto. Foi feito dessa forma para melhorar visibilidade na condução. Quanto ao porta-objetos da porta, cabe um chaveiro ou um celular, lembrando: é um ou outro. Mas tem porta-copos para dois. 

Para o que realmente interessa, o uso off-road, o Jimny volta a brilhar. O modelo tem ângulo de ataque de 37º, ângulo de transposição de 28º e ângulo de saída de 49º, enquanto os do novo Land Rover Defender (para citar outro ícone do segmento) são 38º 28º e 40º, respectivamente. Isso mostra que o SUV da Suzuki tem melhor desenvoltura para ultrapassar obstáculos sem sofrer qualquer dano no para-choque traseiro. 

Os ângulos de entrada e de saída são muito bons.
Os ângulos de entrada e de saída são muito bons.
Foto: Divulgação

Mesmo peso, porém mais resistente e potente

O modelo está com o chassi 50% mais rígido, graças às três novas travessas. Mas não está mais pesado por isso, já que a engenharia reduziu o peso de outros itens. Sem aumento de peso, a relação peso/potência melhorou, pois o Jimny Sierra tem um motor mais forte. Passou de 12,8 para 10,1 kg/cv. No lugar do motor 1.3 de 85 cavalos e 110 Nm de torque do Jimny antigo, o novo ganhou um motor 1.5 de 108 cv e 138 Nm. Esse motor estreou em 2018 no Suzuki Ertiga, modelo comercializado na Índia. 

Outra novidade do jipinho é a caixa de câmbio automática. A transmissão é da marca Aisin e tem quatro velocidades. O ideal é que tivesse pelo menos mais uma marcha. Entretanto, isso deixaria o câmbio maior, o que seria inviável pelo tamanho compacto do Jimny, segundo a Suzuki. Mas isso não é motivo para frustração para os consumidores que estavam à espera do Jimny automático e explicamos o porquê. 

A primeira e segunda marchas são bem escalonadas, com trocas curtas – e são elas as mais usadas, tanto no dia-a-dia de uma grande metrópole (passar algumas horas no congestionamento faz parte da rotina) quanto em situações off-road, principalmente em trilhas mais pesadas, com pisos extremamente irregulares, aclives e declives íngremes e curvas acentuadas. 

O que gera um pouco de insatisfação é a mudança mais longa entre a segunda e a terceira e entre a terceira e a quarta. Isso é resultado da ausência de uma transmissão com mais velocidades. Porém, isso é mais perceptível na estrada, que não é o habitat natural do Jimny.

Segundo a Suzuki, ela passa por 600 mm de água.
Segundo a Suzuki, ela passa por 600 mm de água.
Foto: Divulgação

Primeiras impressões ao volante

Dirigimos o Suzuki Jimny Sierra 4 Style em três ambientes: nas ruas de São Paulo, na Rodovia dos Bandeirantes e na Serra do Japi. A trilha percorrida durou cerca de uma hora, passando por terrenos sem demarcação muito definida. Apertado entre as árvores, o Jimny mostrou a vantagem de um SUV compacto em situações off-road. Também provou que ser pequenino nas dimensões não o impediu de ser grandioso na valentia.

O jipinho encarou tudo que veio pela frente. Na descida mais íngreme do trajeto, com o para-choque quase grudando no chão, o Jimny transmitiu segurança para quem estava a bordo. Neste momento foi possível testar alguns sistemas do modelo, como o assistente de descida, combinado com a tração 4x4 reduzida. Um item que dá ao motorista a opção de se concentrar somente na direção do carro, já que não é necessário pisar no pedal de freio porque o carro mantém uma velocidade de 5 km/h. 

O SUV da Suzuki também responde bem nas subidas. O assistente de partida em rampas possibilitou ao Jimny encarar um morrinho bem íngreme sem dificuldade. Segundo o gerente de marketing da Suzuki, Renato Pereira, o modelo também é capaz de encarar alagamentos de até 600 mm de profundidade, mas não tivemos a oportunidade de testar isso. 

Durante o percurso foi possível ver como o Jimny se comporta em situações extremas. Quando uma roda perde contato com o chão, o sistema LSD age para que o torque seja redistribuído para as rodas que permanecem em contato com o solo. 

Interior do novo Jimny não tem luxo, mas tem o essencial.
Interior do novo Jimny não tem luxo, mas tem o essencial.
Foto: Divulgação

O que é novo

  • Sistemas de segurança e direção.
  • Regulagem de altura do volante.
  • Caixa de câmbio automática.
  • Motor 1.5.
  • Central multimídia JBL.
  • Ar-condicionado digital.
  • Design.
  • Bancos mais confortáveis. 

O que nós gostamos

  • Design. 
  • Durabilidade.
  • Essência de SUV raiz. 

O que pode melhorar

  • Câmbio com mais velocidades para permitir trocas manuais.
  • Mais espaço para objetos. 
  • Mais airbags. 
  • Ganhar acabamento de couro nos bancos.

Os números

  • Preço: R$ 122.990
  • Motor: 1.5 a gasolina
  • Potência: 108 cv a 6.000 rpm
  • Torque: 138 Nm a 4.000 rpm
  • Câmbio: 4 marchas AT
  • Comprimento: 3,645 m
  • Largura: 1,645 m
  • Altura: 1,725 m
  • Entre-eixos:  2,250 m
  • Vão livre: 210 mm
  • Peso: 1.135 kg
  • Pneus: 195/80 R15
  • Porta-malas: 85 litros
  • Tanque: 40 litros
  • 0-100 km/h: 14s0
  • Velocidade máxima: 150 km/h
  • Consumo cidade: 10,3 km/l
  • Consumo estrada: 10,2 km/l 
  • Emissão de CO2: n/d
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