Hyundai e Caoa Chery sobem 3 posições no ranking de marcas
Além da Hyundai e da Caoa Chery, só a Volvo subiu no ranking da Fenabrave (duas posições). Veja quem caiu para as três marcas subirem
O ano de 2020 foi muito difícil para todas as marcas de automóveis no Brasil. Mesmo assim, três marcas aproveitaram a crise gerada pela pandemia de coronavírus para ganhar posições no ranking da Fenabrave. Destaque para a coreana Hyundai e para a sino-brasileira Caoa Chery, que subiram três posições. Além delas, a sueca Volvo ganhou duas posições.
A Hyundai pulou do 7º para o 4º lugar no ranking, uma posição espetacular num mercado tão competitivo como o brasileiro. A Caoa Chery passou do 14º para o 11º lugar, liderando o segundo pelotão entre as top 20 marcas de carro do Brasil. Já a Volvo subiu de 19º para 17º lugar.
Entretanto, em termos de volume, num ano em que todas as marcas tiveram perdas, só a Caoa Chery e a Volvo têm reais motivos para comemorar. Devido ao lançamento de novos produtos, como o sedã médio Arrizo 6 e o SUV de sete lugares Tiggo 8, a Caoa Chery manteve seu volume na casa das 20 mil unidades, com apenas 93 carros a menos do que em 2019. A marca também fez modificações de conteúdo, introduzindo o câmbio CVT de 9 marchas no Arrizo 5 e nova central multimídia no Tiggo 5X e Tiggo 7, além de uma leve mudança visual.
A Volvo também conseguiu se manter na casa alta das 7 mil unidades, ou seja, mais próxima das 8 mil, pois perdeu apenas 214 unidades em relação ao ano anterior. No caso da Volvo, a estratégia foi focar nos carros híbridos plug-in, trazendo o XC40 para o segmento de SUVs premium compactos. Deu certo, pois a marca cresceu mais de três vezes em vendas de veículos híbridos, alcançando 3,2 mil unidades comercializadas no Brasil.
Já a Hyundai vendeu 40 mil unidades a menos, que foi a menor perda entre as top 7 marcas. Mesmo assim, foi um ano estrategicamente positivo para a Hyundai, que recuperou as vendas do hatchback HB20 e o manteve como vice-campeão nacional de vendas, após intensa batalha com o Chevrolet Onix Plus, que ficou logo atrás. A Hyundai também apostou em uma nova versão para o Creta, a Smart Plus.
P. 2020 |
P. 2019 |
MARCA |
VENDAS 2020 |
VENDAS 2019 |
DIF. |
1º | 1º | CHEVROLET | 338.549 | 475.684 | -137.135 |
2º | 2º | VOLKSWAGEN | 327.683 | 414.481 | -86.798 |
3º | 3º | FIAT | 321.836 | 366.135 | -44.299 |
4º | 7º | HYUNDAI | 167.443 | 207.656 | -40.213 |
5º | 5º | FORD | 139.255 | 218.527 | -79.272 |
6º | 6º | TOYOTA | 137.876 | 215.681 | -77.805 |
7º | 4º | RENAULT | 131.624 | 239.227 | -107.603 |
8º | 8º | JEEP | 110.159 | 129.463 | -19.304 |
9º | 9º | HONDA | 84.122 | 129.118 | -44.996 |
10º | 10º | NISSAN | 61.005 | 96.083 | -35.078 |
11º | 14º | CAOA CHERY | 20.089 | 20.182 | -93 |
12º | 12º | MITSUBISHI | 17.317 | 21.881 | -4.564 |
13º | 13º | PEUGEOT | 13.477 | 21.612 | -8.135 |
14º | 11º | CITROËN | 13.476 | 26.513 | -13.037 |
15º | 15º | BMW | 12.429 | 13.142 | -713 |
16º | 16º | MERCEDES | 9.188 | 12.206 | -3.018 |
17º | 19º | VOLVO | 7.701 | 7.915 | -214 |
18º | 18º | AUDI | 6.953 | 8.707 | -1.754 |
19º | 17º | KIA | 5.981 | 9.274 | -3.293 |
20º | 20º | LAND ROVER | 4.620 | 5.875 | -1.255 |
Quando uma marca sobe, outra desce. Por isso, este ano, três subiram e três caíram: Renault, Citroën e Kia. A Renault desceu do 4º lugar para 7º, sendo ultrapassada por Hyundai, Ford e Toyota. A principal causa foi o recuo de vendas do subcompacto Kwid, que conseguiu se manter à frente do Fiat Mobi, mas caiu do 4º para o 10º lugar no ranking de modelos. Só com este carro a Renault perdeu 36 mil vendas; no total foram 107 mil unidades vendidas a menos.
A Renault teve a segunda maior queda de vendas, ficando atrás apenas da Chevrolet, que vendeu 137 mil carros a menos, mas manteve a liderança do ranking de marcas da Fenabrave. A Citroën trocou de posição com a Caoa Chery, caindo de 11º para 14º lugar, pois vendeu apenas metade dos carros que havia vendido em 2019.
Finalmente, a Kia Motors, que só vende veículos importados, foi muito prejudicada pela alta do dólar e vendeu 3,3 mil carros a menos, fechando o ano em 19º lugar. O câmbio desfavorável impediu a Kia de mostrar sua costumeira força em alguns segmentos do mercado e de explorar o potencial do hatchback Rio, lançado pouco antes da pandemia.