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Ford quer ir além do táxi-robô no mundo do carro autônomo

Começa em 2021 o programa comercial de veículos autônomos da montadora que mudou a indústria automobilística. Veja quais são os desafios

20 fev 2020 - 05h00
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O táxi-robô da Ford: será preciso ir muito além do carro autônomo para fazer sucesso nesse novo mundo.
O táxi-robô da Ford: será preciso ir muito além do carro autônomo para fazer sucesso nesse novo mundo.
Foto: Ford / Divulgação

Em 1913, a Henry Ford introduziu um sistema de montagem do modelo T por linha de produção. Nascia o modelo fordista e o fordismo. O carro passou a ser acessível para os próprios empregados da fábrica, pois o preço caiu de US$ 800 para cerca de US$ 280. O automóvel se massificou com a linha de produção fordista e nunca mais a indústria automobilística foi a mesma. Porém, atualmente existe um novo dilema: como se adaptar às novas exigências dos consumidores.

A Ford avança no seu plano de lançar em 2021 um serviço comercial de veículos autônomos, que já rodam em fase de testes em várias cidades norte-americanas. Como resultado desses estudos, a montadora constatou que, mais do que o desenvolvimento da tecnologia em si, ou do táxi-robô que busca, leva e traz sem necessidade de um motorista, ter a experiência do cliente como foco será essencial para o sucesso do futuro negócio.

“Não há atalhos quando se trata do lançamento de um serviço de veículos autônomos. De fato, é a coisa mais difícil que a indústria automobilística já enfrentou desde que as pessoas trocaram os cavalos por carros”, comenta Jim Farley, presidente de Novos Negócios, Tecnologia e Estratégia da Ford. Ele foi recém-nomeado diretor global de Operações. “Precisamos que as pessoas confiem o bastante na nossa tecnologia para entrar no veículo e, depois, amem a experiência o bastante para voltar”, diz Farley.

Segundo ele, nos próximos anos os veículos autônomos têm um enorme potencial para ajudar a expandir o acesso ao transporte, mercadorias e empregos em várias cidades. A Ford entendeu que o caminho para isso é criar um serviço além do software, que ofereça uma experiência centrada no cliente em cada passo da sua jornada. Para liderar a Ford Autonomous Vehicle LLC, divisão dedicada a veículos autônomos, a empresa contratou Scott Griffith, ex-CEO da Zipcar, o maior serviço de compartilhamento de carros dos EUA.

A capacidade de administrar uma frota apoiada em tecnologia e com alta taxa de utilização é outro aspecto crítico na criação de um serviço de carros autônomos confiável e eficiente. Isso significa atender as expectativas dos clientes em relação à limpeza, manutenção, recuperação e durabilidade dos veículos para conquistar sua fidelidade. Por isso, a Ford decidiu operar em um número limitado de cidades, para ganhar o máximo de experiência possível.

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